Alguns profissionais de tecnologia da Rússia, banqueiros e jornalistas de meios de comunicação estatais não serão convocados para servir na Ucrânia como parte da campanha de mobilização da Rússia, disse o Ministério da Defesa nesta sexta-feira (23) em um comunicado.
O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse no início desta semana que a Rússia buscaria convocar 300 mil soldados adicionais para a guerra da Rússia na Ucrânia, no que o Kremlin chamou de “mobilização parcial”.
A seção do decreto oficial anunciando a mobilização, que incluía o número de pessoas que seriam convocadas, foi mantida em sigilo, disse a repórteres o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Ele rejeitou uma reportagem do jornal independente Novaya Gazeta, desta quinta-feira, citando uma fonte do governo, que dizia que o Kremlin está realmente tentando recrutar até 1 milhão de pessoas para a mobilização.
O Ministério da Defesa disse que alguns funcionários que trabalham em indústrias criticamente importantes seriam excluídos do projeto em uma tentativa de “garantir que o trabalho de indústrias específicas de alta tecnologia, bem como o sistema financeiro da Rússia” não seja afetado pela primeira mobilização militar da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.
As exceções se aplicam a alguns trabalhadores de TI, trabalhadores de telecomunicações, profissionais de finanças, bem como alguns funcionários de meios de comunicação de massa “sistemicamente importantes”, disse o ministério, em comunicado.
Ele disse que os chefes das empresas devem elaborar listas de seus funcionários que atendem aos critérios e podem ser excluídos do projeto.
FONTE: Por REUTERS/Foto: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images