Início Destaques Empresários se manifestam sobre pedido de Randolfe autorizado por Moraes 

Empresários se manifestam sobre pedido de Randolfe autorizado por Moraes 

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A quebra de sigilo bancário e o bloqueio de contas de empresários bolsonaristas, autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A Polícia Federal (PF), no entanto, não pediu a quebra de sigilo bancário e nem o bloqueio de contas dos investigados. Após apresentar os fatos que motivavam a ação, o delegado Fábio Alvarez Shor solicitava apenas a “busca e apreensão de aparelhos celulares” dos empresários denunciados.

Randolfe, que é um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência, enviou a petição à corte no último dia 17. Ele se baseou em reportagem que denunciava empresários apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em defesa da ruptura institucional, caso o petista fosse eleito.

Veja o que dizem os empresários investigados
Ivan Wrobel, da W3 Engenharia

“Não vamos fazer nota pra isso. É só a nossa incompreensão de um senador da república fazendo um pedido ao Supremo Tribunal Federal pra que se investigue e bloqueie contas bancárias de um cidadão que não tem prerrogativa de foro, não tem qualquer envolvimento partidário e portanto não deveria ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. É só essa incompreensão. Mas continuamos colaborando em tudo aquilo que for pedido, apesar dessa incompreensão.”

Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu

“Após ter acesso à representação da Polícia Federal e da decisão que autorizou medidas investigativas, constata-se  que não há qualquer indicativo do meu alegado envolvimento em atos que busquem a ruptura do Estado Democrático de Direito ou que visem desacreditar o processo eleitoral brasileiro.

Ainda, o acesso aos citados documentos permitiu confirmar que não existem provas ou indícios de que eu tenha apoiado ou aderido a ideais que objetivem a violação da lei e da Constituição.

Não atentei, não pensei, não verbalizei, não defendi, não financiei, e não conspirei contra a nossa democrácia, nunca, nem jamais o farei! Sou um cidadão totalmente a favor da liberdade, dos 03 poderes, e que sempre defenderá eleições através do voto popular! Seja quem for eleito presidente, continuaremos focados na nossa empresa, no trabalho, no crescimento, na geração de empregos. Confio na justiça, na Polícia Federal e no Ministério Público.

Nosso compromisso será com a verdade e transparência. Não temos envolvimento com nenhum movimento anti-democrático, nunca fui abordado e nunca abordei ninguém com relação à assuntos anti-democráticos com quem quer que seja.

Como já antecipado, estou à disposição da justiça e dos órgãos de investigação no intuito de colaborar com o esclarecimentos dos fatos e desde logo reitero minha oposição a qualquer ato que busque interferir no exercício de qualquer dos poderes da República ou que vise à violação às leis e à Constituição.”

Meyer Nigri, da Tecnisa

“Em investigação para apurar supostos crimes contra o Estado Democrático de Direito conduzida pelo STF, o empresário MEYER NIGRI, mesmo sem ter tido acesso aos autos do inquérito, como era seu direito, concordou em ser ouvido na manhã do dia 23/8, para colaborar com as investigações.

Respondeu a todas as perguntas formuladas pela autoridade e rechaçou qualquer envolvimento com associação criminosa ou práticas que visam à abdicação do Estado Democrático ou preconizam golpe de Estado. Ao contrário, reafirmou sua firme crença na democracia e seu respeito incondicional aos poderes constituídos da República.”

Nota da Tecnisa

“A Tecnisa é uma empresa apartidária, que defende os valores democráticos e cujos posicionamentos institucionais se restringem à sua atuação empresarial.”

André Tissot, do Grupo Sierra

Contatado pela CNN, o empresário não irá se manifestar.

José Koury, do Barra World Shopping

“Não estou a par [da informação sobre o Randolfe]. Agradeço mas não vou comentar.”

CNN aguarda retorno de Luciano Hang, Marco Aurélio Raymundo e José Isaac Peres.

FONTE: Por CNN/Foto:REUTERS/Adriano Machado

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