A Polícia Civil pretende encaminhar ao Instituto Médico Legal (IML) o prontuário da gestante que aparece no flagrante de abuso no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no último domingo (10). O objetivo é avaliar a quantidade dos medicamentos usados durante a cesariana.
O mesmo procedimento pode ser feito em um segundo inquérito, que investiga as outras cinco possíveis vítimas do médico Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, que procuraram a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de São João de Meriti depois que o caso veio à tona. Para essa essa segunda investigação, o prazo é maior, de 30 dias, e pode ser renovado.
A investigação sobre o abuso flagrado em vídeo está na fase final, e o inquérito precisa ser concluído até terça-feira (19), uma vez que a prisão do anestesista foi em flagrante.
Esse prazo continua valendo apesar de a Justiça ter convertido a prisão para preventiva. Giovanni Quintella Bezerra segue isolado em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste da capital fluminense. O registro de médico dele está suspenso até a apuração do caso.
A polícia ainda analisa a íntegra do vídeo que flagrou a ação. O conteúdo tem mais de uma hora e meia de duração e será narrado detalhadamente, ação a ação, no inquérito.
Os investigadores também aguardam os laudos do Instituto de Criminalística Carlos Ébole, embora esses documentos possam ser anexados após a conclusão do inquérito. Um deles, o exame pericial no telefone que fez as imagens, é determinante no processo.
Ele vai atestar a integridade da prova coletada pela equipe de enfermagem. O aparelho já foi devolvido à dona nesta quinta-feira (14).
Há ainda a análise do material que foi coletado pelos enfermeiros no centro cirúrgico. Esses exames são complementares e podem ter a integridade contestada, uma vez que a coleta das gases não foi feita por peritos.
As oitivas da vítima que aparece no vídeo e do marido dela também são determinantes para a conclusão do caso. Esses depoimentos podem não acontecer em sede policial, para não expor a família. Segundo a delegada Bárbara Lomba, responsável pelo caso, a vítima ficou transtornada ao saber o que aconteceu durante a cesariana à qual foi submetida no último domingo (10).
FONTE: Por CNN