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Sangue encontrado em barco de suspeito por matar Bruno Pereira e Dom Phillips é de um homem, diz PF

Exames indicaram que amostra não é de Dom e foi inconclusiva para determinar se era de Bruno. Vísceras encontradas em rio não tinham DNA humano.

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Vestígios de sangue foram encontrados em embarcação de suspeito. — Foto: Divulgação PC-AM

Os vestígios de sangue encontrados no barco de Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, suspeito no desaparecimento do indigenista Bruno e o jornalista inglês Dom Phillips, são de um homem, de acordo com a perícia realizada pela Polícia Federal.

Segundo a Polícia Federal, apesar da constatação, confrontando-o com os perfis genéticos de referência dos desaparecidos, o Instituto Nacional de Criminalística excluiu a possibilidade desse vestígio ser proveniente de Dom Phillips.

A possibilidade de ser originada de Bruno restou inconclusiva, sendo necessária a realização de exames complementares, de acordo com a Polícia Federal.

Os vestígios de sangue foram encontrados na lancha usada por Amarildo, o suspeito preso, no dia 9 de junho. O material foi encaminhado para passar por perícia, em Brasília.

Amarildo confessou para a polícia o assassinato de Bruno e Dom em depoimento. Na quarta-feira (15), ele, que é um dos suspeitos no caso, apontou o local onde a embarcação das vítimas foi afundada. A polícia foi ao local, mas não a encontrou.

A embarcação utilizada pelo indigenista Bruno e o jornalista inglês Dom Phillips, mortos em Atalaia do Norte, no Amazonas, não foi localizada durante as primeiras horas de buscas, nesta quinta-feira (16).

Polícia investiga cinco suspeitos

Polícia Federal ampliou as investigações sobre o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Fontes informaram à GloboNews nesta quinta-feira (16) que a corporação investiga a participação de cinco suspeitos no caso.

As informações colhidas até o momento indicam:

  • três suspeitos de envolvimento direto na morte de Bruno e Phillips;
  • um suposto envolvido na tentativa de ocultar os restos mortais, já recolhidos pela PF, que podem ser do jornalista e do indigenista;
  • e um possível mandante.
Restos mortais

Os restos mortais encontrados enterrados no local indicado por Amarildo foram encaminhados para perícia em Brasília. Confirmadas as identificações, serão entregues às respectivas famílias das vítimas. O avião com os restos mortais chegou a Brasília na noite desta quinta-feira (16).

Suspeitos

Além de Amarildo, também está preso um irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, mas, segundo a PF, ele não confessou envolvimento no caso. A participação no crime de uma terceira pessoa, citada por Amarildo, está sendo investigada e novas prisões não estão descartadas.

De acordo com o superintendente da PF, as investigações seguem em sigilo e ainda não é possível dizer a motivação do crime.

Desaparecimento de jornalista e indigenista no AM: imagem mostra Amarildo preso — Foto: Reprodução
Desaparecimento de jornalista e indigenista no AM: imagem mostra Amarildo preso — Foto: Reprodução

Ele afirmou ainda que Amarildo, em seu depoimento, relatou que matou os dois com disparos de arma de fogo, mas que apenas a perícia poderá dar certeza sobre a causa da morte.

Reconstituição
Veja locais de principais acontecimentos do desaparecimento de indigenista e jornalista no AM. — Foto: Arte/g1
Veja locais de principais acontecimentos do desaparecimento de indigenista e jornalista no AM. — Foto: Arte/g1

Ainda segundo a PF, Amarildo fez a confissão na noite de terça-feira (14), quando narrou em detalhes o crime. Durante a quarta-feira (15), ele foi levado até o local onde enterrou os corpos. Ele também indicou onde afundou a embarcação que era usada por Bruno e Dom, mas a polícia não conseguiu encontrá-la no local.

O restos mortais foram encontrados cerca de 3,1 km de distância de onde itens pessoais do indigenista e do jornalista, como cartão de saúde e notebook, haviam sido achados dias atrás.

“Não teríamos condições de chegar ao local de maneira rápida sem a confissão”, afirmou o superintendente.

De acordo com o delegado da Polícia Civil, Guilherme Torres, as equipes percorreram o rio por cerca de 1h40 e depois caminharam mais 25 minutos em uma área de mata de difícil acesso até onde os corpos haviam sido enterrados. No local, foi feita uma reconstituição do crime, com autorização da Justiça.

FONTE: Por G1 AM

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