A cadela farejadora Fiona chegou nesta quarta-feira (15) em Atalaia do Norte, no Amazonas, para ajudar nas buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips, desaparecidos desde o dia 5 de junho. Nesta quarta, as buscas completam 11 dias – 10 pelas autoridades oficiais.
A cadela enviada de Manaus para Atalaia do Norte atua no núcleo especializado de busca e captura e faro de narcóticos da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM).
Equipes das polícias Federal, Civil e Militar, além do Exército e da Marinha atuam nas buscas pelos homens. Os trabalhos ocorrem por terra, água e também nos ares. As equipes fazem buscas no perímetro onde testemunhas afirmam ter visto Bruno e Dom pela última vez.
Além disso, mais de 100 indígenas de diferentes etnias têm participado da ação. Os indígenas começaram as buscas pelos dois no dia do desaparecimento, em 5 de junho. Eles chegaram a montar um acampamento flutuante e itinerante na região onde o indigenista e o jornalista foram vistos pela última vez.
Linha do tempo
- Dia 5/6 (domingo) – Bruno e Phillips foram vistos pela última vez quando chegaram na comunidade São Rafael por volta das 6h. De lá, eles partiram rumo à cidade de Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.
- Dia 7/6 (terça-feira) – a Polícia prendeu Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”. Durante buscas na casa dele, policiais militares encontraram uma porção de droga, além de munição de uso restrito das Forças Armadas. Na ocasião, também foi apreendida a lancha usada por ele. No domingo, dia em que o indigenista e o jornalista desapareceram, ele foi visto por ribeirinhos passando no rio logo atrás da embarcação dos dois, no trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.
- Dia 8/6 (quarta-feira) – Uma testemunha ouvida pela Polícia disse que viu Amarildo e uma segunda pessoa na lancha no dia em que a dupla desapareceu.
- Dia 9/6 (quinta-feira) – A prisão temporária dele foi decretada pela Justiça na quinta (9) e amostras do sangue encontrado na lancha foram encaminhadas para Manaus, onde passam por análise.
- Dia 10/6 (sexta-feira) – Equipes que fazem buscas pelo indigenista e pelo jornalista britânico encontraram “material orgânico aparentemente humano”, no rio, próximo ao porto de Atalaia do Norte. De acordo com a nota, divulgada pela Polícia Federal (PF), o material encontrado foi encaminhado para análise pericial pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF.
- Dia 12/6 (domingo) – A Polícia Federal encontrou um cartão de saúde com nome de Bruno e outros itens dele e de Dom Phillips. Durante a tarde, os bombeiros disseram ter encontrado uma mochila, um notebook e um par de sandálias na área onde são feitas as buscas pelo jornalista inglês e pelo indigenista no interior do Amazonas. Já os indígenas afirmaram que também encontraram uma nova embarcação na área de buscas.
- Dia 13/6 (segunda-feira) – A mulher do jornalista britânico, Alessandra Sampaio, disse que os corpos dele e do indigenista foram encontrados. Mas, as autoridades que atuam nas buscas, lideradas pela Polícia Federal (PF), não confirmam a informação.
- Dia 14/6 (terça-feira) – A Polícia Civil informou ao g1 que já ouviu nove pessoas no inquérito que investiga os sumiços, sendo oito testemunhas e um suspeito, o “Pelado”. A mulher dele também foi ouvida, mas não quis comentar sobre o caso.
- Em nota encaminhada na noite de terça, a Polícia Federal confirmou a prisão temporária de Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como “Dos Santos”. Ele é irmão de “Pelado” e o segundo suspeito preso por envolvimento no desaparecimento de Dom e Bruno.
- Ainda durante as ações da PF realizadas na terça, um remo e cartuchos de arma de fogo foram apreendidos durante as buscas.
- FONTE: Por G1 AN