Social-democrata Magdalena Andersson foi aprovada pelo parlamento sueco nesta quarta-feira (24)
A líder social-democrata Magdalena Andersson se tornou a primeira mulher a ser escolhida primeira-ministra da Suécia, nesta quarta-feira (24), e imediatamente enfrenta uma crise devido a uma votação de um orçamento que seu governo aparentemente perderá.
Andersson, de 54 anos, ganhou a aprovação parlamentar depois de chegar a um acordo de última hora com o ex-comunista Partido da Esquerda, mas seu controle do poder é tênue por causa do cenário político fragmentado do país nórdico.
Seu antecessor, Stefan Lofven, governou por meio de um complexo ato de malabarismo para garantir o apoio dos partidos de esquerda e de centro no parlamento, embora não façam parte do governo de coalizão.
Mas o Partido do Centro está preocupado com o acordo com o Partido de Esquerda e disse que não apoiará o governo de Andersson na votação de um projeto de lei fiscal proposto por três partidos de oposição que pode ocorrer ao meio-dia, horário de Brasília, desta quarta-feira (24).
“Não podemos apoiar um orçamento de um governo que está se movendo muito para a esquerda, o que achamos que o próximo governo está fazendo”, disse a repórteres a líder do Partido do Centro, Annie Loof.
Andersson era ministra das finanças desde 2014, mas agora enfrenta a perspectiva de governar as prioridades de gastos determinadas pela centro-direita.
Lofven, que renunciou no início deste mês para dar a Andersson a chance de aumentar o apoio ao partido antes das eleições gerais em setembro do ano que vem, disse que não continuaria se perdesse a votação do orçamento.
Mesmo se ela conseguir consolidar sua base de poder e negociar a crise orçamentária, Andersson enfrenta desafios significativos.
A violência das gangues e os tiroteios arruínam a vida em muitos subúrbios da capital, Estocolmo, e em outras grandes cidades suecas.
A pandemia de Covid-19 expôs deficiências no muito elogiado estado de bem-estar social, com a taxa de mortalidade na Suécia muito mais alta do que nos países nórdicos vizinhos e o governo precisando acelerar a mudança para uma economia “verde” se quiser atingir suas metas climáticas.
FONTE: Por REUTERS