O campeão do 58º Festival Folclórico de Parintins será conhecido nesta segunda-feira (30). A apuração, que definirá o vencedor escolhido pelos jurados entre o Boi Caprichoso e o Boi Garantido, será realizada no Bumbódromo, onde os bois se apresentaram nas últimas três noites. A contagem dos votos começa às 14h, no horário de Manaus (15h no horário de Brasília).
Neste ano, o Caprichoso apresentou o tema “É tempo de retomada” enquanto Garantido levou à arena o tema “Boi do povo, boi do povão”. Ambos emocionaram o público em suas apresentações ao longo das três noites.
➡️ E o que está em jogo este ano? Para o Boi Caprichoso, vencedor dos últimos três anos, a disputa vale o tetracampeonato inédito. Já para o Boi Garantido, maior campeão da história do festival, o que está em jogo é o sonhado 33º título.
A conquista do troféu é decidida com base em uma série de critérios. Em cada noite, 21 quesitos chamados “itens” são avaliados pelos jurados com notas de 0 a 10. Esses itens são divididos em três blocos conforme suas características:
- Bloco A: quesitos comuns e musicais;
- Bloco B: cenografia e coreografia;
- Bloco C: parte artística do evento.
Relembre abaixo como foram as apresentações de cada bumbá durante as três noites de disputa do 58º Festival de Parintins:
Caprichoso ⭐
1ª noite – “Amyipaguana: Retomada pelas Lutas”
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O Boi Caprichoso encerrou a primeira noite do Festival de Parintins 2025, na sexta-feira (27), com o tema “Amyipaguana: Retomada pelas Lutas”. A apresentação destacou a resistência indígena, os saberes tradicionais e homenagens às mulheres da Amazônia.
Entre os destaques estavam a alegoria “Yurupari” e a figura típica “Majés, as Senhoras da Cura”. O espetáculo foi encerrado com o “Ritual Tupinambá: A Retomada da Verdade Originária”.
2ª noite – “Kizomba, a retomada pela tradição”
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No sábado (28), o Caprichoso apresentou o espetáculo “Kizomba, a retomada pela tradição”, reforçando o tema “É Tempo de Retomada”. A apresentação exaltou a ancestralidade e a resistência dos povos originários e do povo negro da Amazônia, com alegorias grandiosas e performances marcantes.
Destacaram-se a figura típica “Marandoeiros e Marandoeiras da Amazônia”, a lenda “Sacaca Merandolino: o encantador de Arapiuns” com Cleise Simas, e o ritual indígena “Musudi Munduruku”, conduzido pelo pajé Erick Beltrão.
3ª noite – “Kaá-eté – Retomada pela Vida”
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O Boi Caprichoso abriu a última noite do festival, no domingo (29), com o tema “Kaá-eté – Retomada pela Vida”. A apresentação trouxe a lenda de Waurãga, guardiã da floresta, e destacou a cunhã-poranga Marciele Albuquerque.
Homenageou o seringueiro Chico Mendes com a presença da filha Ângela Mendes e encerrou com o ritual de cura Yawanawá, exaltando a espiritualidade indígena. O tripa Edson Azevedo Júnior estreou como item oficial na arena.
Garantido ❤️
1ª noite – “O Ecoar das Vozes da Floresta”
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O Boi Garantido abriu sua participação no festival na sexta-feira (27) com o tema “O Ecoar das Vozes da Floresta”, parte do projeto “Boi do Povo, Boi do Povão”. A apresentação destacou a diversidade dos povos da floresta, com a lenda “Tapyra’yawara” e o ritual indígena “Moyngo, A Iniciação Maragareum”.
A noite marcou a conexão com a galera vermelha e branca, que acompanhou com entusiasmo o início da disputa.
2ª noite – “Garantido, Patrimônio do Povo
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No sábado (28), com o tema “Garantido, Patrimônio do Povo”, o boi vermelho encerrou a segunda noite exaltando as matrizes populares, indígenas e afro-brasileiras. Um dos pontos altos foi o “Ritual Ajié”, com o pajé Adriano Paketá.
A apresentação reforçou o vínculo com o público e a tradição do boi, com destaque para a energia da torcida presente na arena.
3ª noite – “Garantido, Boi do Brasil”
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O Boi Garantido encerrou a última noite do festival com o espetáculo “Garantido, Boi do Brasil”, dentro do projeto “Boi do Povo, Boi do Povão”.
A apresentação celebrou a diversidade cultural do país, homenageou o compositor Chico da Silva, marcou a despedida do tripa Denildo Piçanã e trouxe a lenda “A Deusa das Águas”.
Também exaltou as artesãs indígenas e apresentou o ritual indígena “Bahsesé”, com o pajé Adriano Paketá.
FONTE: Por G1 AM