Sob o asfalto de Manaus, veículos e pedestres dividem espaço com a história. A prova disto está nas placas de trânsito, que revelam nomes bem habituais para muitas gerações de manauaras: Djalma Batista, Constantino Nery, Torquato Tapajós, personagens que se misturam com o desenvolvimento da capital. No dia em que Manaus completa 355 anos, o g1 faz um resgate das figuras históricas que dão nome às principais avenidas da capital amazonense.
Djalma Batista
Localizada na Zona Centro-Sul de Manaus, a Avenida Djalma Batista tem esse nome em homenagem ao médico, escritor e cientista Djalma da Cunha Batista. Nascido em 1916, no Acre, se mudou para Manaus na adolescência para estudar.
Por aqui, contribuiu para o desenvolvimento de Manaus sendo presidente da Academia Amazonense de Letras, vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura e diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Faleceu em 1979, aos 63 anos.
Atualmente, a avenida é um dos principais elos de Manaus com seus pouco mais de cinco quilômetros de extensão onde se concentram shoppings, terminais rodoviários e universidades.
Constantino Nery
Uma das vias mais movimentadas da capital, a Avenida Constantino Nery é batizada em homenagem ao ex-político e militar, Antônio Constantino Nery. Na vida pública, foi senador e governador do Amazonas, cargo que exerceu entre 1904 e 1908.
Constantino Nery teve papel fundamental para o desenvolvimento urbano de Manaus. Foi durante sua gestão que a capital viveu o período áureo da borracha. Seu legado envolve a construção da Biblioteca Pública e a antiga Casa de Detenção de Manaus Raimundo Vidal Pessoa, hoje desativada.
Foi ele também o responsável por criar, em 1906, a avenida que hoje leva o próprio nome. Antes disso, a via foi chamada de João Coelho e Olavo Bilac. Nos dias atuais, a avenida é uma das principais conexões do Centro de Manaus com a Zona Centro-Sul.
Torquato Tapajós
Vital para a locomoção dos manauaras entre as Zonas Centro-Sul e Norte de Manaus, a Avenida Torquato Tapajós carrega o nome do engenheiro Torquato Xavier Monteiro Filho, que viveu em Manaus no fim do século XIX.
Registros históricos apontam que Torquato Tapajós foi um grande defensor do desenvolvimento urbano da cidade, alertando para o potencial de exploração econômica na região, até então bastante isolada do restante do país.
A avenida foi inaugurada em 1965 e, até hoje, é uma das maiores da região Norte, com cerca de 12 quilômetros de extensão.
Eduardo Ribeiro
O Centro de Manaus é histórico por si só e no emaranhado de asfalto que corta o lugar, uma via formada por paralelepípedos é, talvez, a tradução mais duradoura do que foi a capital durante o período da Bella Époque, no início do século passado.
A avenida Eduardo Ribeiro é batizada com o nome do ex-governador do Amazonas por dois mandatos, entre os anos de 1890 e 1896. Ficou marcado na história por se tornar o primeiro negro a governar o estado e foi responsável por finalizar a construção do Teatro Amazonas.
Registros da Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas apontam que a construção da avenida remete ao ano de 1892. Fato curioso é que a via, antes de ser desenvolvida, já foi um “braço” do Rio Negro por onde corria um igarapé.
Cosme Ferreira
Uma das principais vias da Zona Leste da capital, a Avenida Cosme Ferreira homenageia o ex-deputado federal Cosme Ferreira Filho, que ocupou a Câmara entre 1946 e 1951. Além de político, foi comerciante e redator de jornal.
Contribuiu diretamente para o desenvolvimento econômico da cidade, apoiando o empreendedorismo, junto a Associação Comercial do Amazonas (ACA), entidade da qual foi presidente.
FONTE: Por G1 AM