Manaus amanheceu novamente encoberta por fumaça, nesta quinta-feira (19). Esta já é a segunda “onda” do fenômeno, ocasionado pelas queimadas, em um intervalo de dez dias.
O Amazonas vive um cenário ambiental crítico devido à combinação de seca dos rios e queimadas, segundo dados divulgados pelo governo estadual em setembro. Inclusive, no mês anterior, o estado já registrou recordes de focos de incêndio e, neste mês, de 1° a 18 de setembro, foram contabilizadas 5.033 queimadas, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com o monitoramento do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), a qualidade do ar na capital é considerada péssima em alguns bairros. Já em outros pontos da cidade registram o nível de poluição muito ruim.
A qualidade do ar chegou a 207 µg/m³, por volta das 7h30 desta quinta (19), no bairro Aparecida, na Zona Sul, que é a área mais afetada. Para ser considerado de boa qualidade, o ar precisa medir entre 0 e 25 μm/m³ (micrómetro por metro cúbico de AR).
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) e a Defesa Civil do Amazonas para obter mais informações sobre a nova “onda” de fumaça e aguarda retorno.
Decreto de emergência
No Amazonas todos os 62 municípios foram declarados em estado de emergência devido à seca severa e às queimadas que afetam o estado este ano. A informação foi divulgada pelo governador Wilson Lima, que também assinou um decreto para declarar situação de emergência em saúde pública em razão do período de vazante dos rios.
De acordo com último boletim da estiagem divulgado pela Defesa Civil do Amazonas, até terça-feira (17 ), a seca no estado já impacta mais 460 mil pessoas. Os números ainda devem aumentar durante o restante do período.
A previsão do governo estadual é que o Amazonas enfrente uma seca severa este ano, possivelmente pior do que a de 2023. No ano passado, durante a estiagem, o Rio Negro atingiu o nível mais baixo dos últimos 120 anos.
FONTE: Por G1 AM