Dezenas de peixes foram encontrados mortos na comunidade do Piranhaúba, localizada na Zona Rural de Manacapuru, no interior do Amazonas, na segunda-feira (16). Este não é o primeiro caso semelhante no município. Ainda neste mês, moradores próximos ao Lago do Piranha registraram vários peixes mortos.
A comunidade fica no entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Piranha, que tem sido atingida severamente pela seca no Amazonas.
Os moradores relataram que o baixo nível do rio tem contribuído para a situação ser mais recorrente. De acordo com especialistas, o aquecimento da águas na estiagem gera falta de oxigênio, o que ocasiona a morte dos peixes.
De acordo com a Defesa Civil, o Rio Solimões, no município, está medindo 5,08 metros nesta terça-feira (17). Na mesma data, no ano passado, o nível do rio era de 10,08 metros. Essa já é maior seca já registrada nos últimos 20 anos no município de Manacapuru.
A seca também já esta ocasionando a falta de água potável para os moradores da região. Algumas famílias estão conseguindo água por meio de um sistema que capta e trata a água do lago, outras estão se deslocando até a área urbana do município.
Seca dos rios no AM
O Amazonas enfrenta uma crise ambiental sem precedentes em 2024, com uma seca que chegou antecipada e já impacta mais de 460 mil pessoas no estado, segundo a Defesa Civil. A escassez de água está isolando cidades e comunidades e prejudicando a economia local. Atualmente, todos os 62 municípios do estado se encontram em situação de emergência devido à seca e queimadas.
A previsão do governo estadual é que o Amazonas enfrente uma seca severa este ano, possivelmente pior do que a de 2023. No ano passado, durante a estiagem, o Rio Negro atingiu o nível mais baixo dos últimos 120 anos.
FONTE: Por G1 AM