Com a COP30 na mira, o Ministério do Turismo terá parceria com companhias aéreas para ampliar o número de voos que aterrizam em Belém (PA). A conferência climática, que reúne lideranças mundiais para o combate ao aquecimento global e soluções sustentáveis, acontece em novembro de 2025 na capital paraense.
O principal movimento por ora é da Azul Linhas Aéreas, que garante que em março a rota entre Fort Lauderdale, na Flórida (EUA), ao Aeroporto Internacional de Belém contará com seis voos semanais. Já a partir de abril as aterrissagens passam a ser diárias.
A Azul também vai reforçar suas linhas nacionais. A partir de maio haverá três voos diários ligando a capital paraense ao Aeroporto de Guarulhos (SP), maior do Brasil. Na esfera regional, a empresa passará a operar em Ourilândia do Norte a partir de junho, oferecendo dois voos semanais para Belém.
No caso da Latam Airlines, a companhia passará disponibilizar stopover em Belém. A empresa atualmente opera este serviço — que se trata de uma conexão voluntária, na qual o passageiro pode passar um tempo na cidade de escala — em São Paulo e Brasília.
A CNN procurou a Gol Linhas Aéreas, que fecha o grupo das maiores aéreas em operações no Brasil, sobre novidades para a sede da COP.
A empresa disse que “está atenta às oportunidades e demandas que o evento trará, tanto para rotas domésticas quanto internacionais. Em momento oportuno iremos anunciar uma adequação de oferta para o evento”, escreveu.
Segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), espera-se um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da COP30. Deste total, aproximadamente 7 mil compõem a chamada “família COP”, formada pelas equipes da Organização das Nações Unidas (ONU) e delegações de países membros.
Belém se prepara para COP
No início deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou R$ 140 milhões em crédito para o setor de turismo em Belém, especialmente voltado aos segmentos de hotéis, bares e restaurantes. As operações visam apoiar micro, pequenos e médios negócios para garantir o atendimento aos visitantes.
A avaliação é de serão necessários, por exemplo, investimentos de retrofit e adequações nos meios de hospedagens da cidade, que atualmente concentram perfis nas classes C e D, para perfis nas classes A e B.
No segmento de bares e restaurantes, são necessárias adequações para padrões sanitários internacionais, investimentos em capacitação de mão de obra e em modernização e renovação de equipamentos.
Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Pará possui atualmente 34,4 mil estabelecimentos comerciais, bares e restaurantes, que empregam aproximadamente 1,1 milhão de pessoas, com faturamento, em 2022, de R$ 396 bilhões.
Desde o anúncio da realização da COP em Belém, o BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 3 bilhões para a execução de plano de investimentos multissetorial de melhoria da infraestrutura urbana e para ampliação do acesso a equipamentos e serviços públicos na região metropolitana da cidade.
FONTE: Por CNN