A boeing perdeu cerca de US$ 12,09 bilhões em valor de mercado desde que uma porta de avião da Alaska Airlaines se abriu em pleno voo e forçou um pouso de emergência, no sábado (6).
O valor de mercado da fabricante americana recuou 8,03% na sessão da segunda-feira (8) e fechou avaliado em US$ 138,54 bilhões.
Depois do incidente, a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que todas as unidades do Boeing 737 MAX 9 devem permanecer em solo. A autoridade americana ainda exigiu inspeções de aviões. O pedido afeta 171 aeronaves em todo o mundo.
O pedaço de fuselagem se soltou do lado esquerdo da aeronave no momento em que ela subiu ao deixar Portland, no estado do Oregon, com destino a Ontario, na Califórnia, forçando os pilotos a darem a volta e pousarem com segurança o avião com 171 passageiros e seis tripulantes a bordo.
O MAX 9 estava em serviço há apenas oito semanas.
Concorrentes ganham espaços com problemas na Boeing
A linha do tempo que compreende a insegurança relacionada fabricante se intensifica em outubro de 2018, com acidente envolvendo um 737 MAX 8 na costa da Indonésia que deixou 189 mortos. Segundo relatório de investigadores do país, a tragédia foi causada por problemas na aeronave e falhas dos pilotos.
Cinco meses depois, em março de 2019, a queda de outro Boeing 737 MAX 8, desta vez na Etiópia, deixou 157 mortos. Investigadores etíopes indicaram que o projeto do avião e o treinamento inadequado de pilotos causaram o acidente.
Naquele mesmo ano, os voos com estas aeronaves foram suspensos. Ainda em 2019, a Boeing admitiu falha em software dos simuladores de voos do 737 MAX e demitiu seu então CEO, Dennis Muilenburg.
A suspensão nos EUA durou 20 meses, com os aviões voltando ao serviço em dezembro de 2020. Outros países, incluindo a China, mantiveram por mais tempo. Esta suspensão foi uma das tragédias corporativas mais caras da história, custando à empresa mais de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões).
O MAX teve vários avisos para inspeções adicionais desde que voltou ao serviço em 2020. A Boeing disse que isso é resultado de seu maior foco na segurança. Em 2021, a fabricante enfrentou problemas elétricos com o modelo.
Desde o início de 2018, as ações da Boeing acumulam queda nominal de 18,52% na Bolsa de Nova York, enquanto os papéis da concorrente Airbus, por exemplo, subiram 68,80%.
FONTE: Por CNN