Segundo previsão do Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre (Labclim) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o período de chuvas deve voltar ao normal a partir de fevereiro de 2024 no Amazonas.
“Nos meses de dezembro e janeiro as chuvas deverão permanecer abaixo da média no leste e norte do estado, enquanto na região centro-oeste do estado do Amazonas, as chuvas deverão ficar dentro da média climatológica”, explica o professor de meteorologia da UEA, Wagner Correia.
A Defesa Civil do Estado mantém os 62 municípios do estado em emergência, devido à estiagem: 637 mil pessoas e 159 famílias são afetadas.
As principais bacias do Amazonas devem ter atrasos na normalização de seus níveis nos próximos meses. A exceção é o Rio Madeira, onde os níveis devem permanecer abaixo da normalidade.
O Rio Negro atualmente está na cota de 16,64 metros e subiu 15 centímetros nos primeiros doze dias de dezembro. Em outubro, o rio registrou o nível de 12,70 metros — o menor nível já registrado em mais de 120 anos.
O boletim do Labclim também indica que os déficits de chuva na porção centro-leste do Amazonas e na porção oriental da Amazônia, associado às temperaturas acima da média, podem favorecer a ocorrência de queimadas. De 12 de julho até esta terça-feira (12), o Corpo de Bombeiros combateu quase 3 mil focos de incêndio: são mais de 16 focos por dia.
De acordo com Wagner Correia, a seca se deve à gradual persistência das anomalias no oceano Pacífico central-leste e da contínua presença do fenômeno El Niño nos próximos meses. O prognóstico climático considera também o aquecimento fora do normal no Atlântico Norte.
FONTE: Por CNN