Um vídeo mostra o técnico da seleção feminina da Espanha, Jorge Vilda, tocando de maneira inapropriada uma colega de sua comissão técnica durante a final da Copa do Mundo Feminina.
Momentos após a espanhola Olga Carmona marcar o único gol da partida, dando a vantagem à Espanha sobre a Inglaterra, Vilda primeiro a abraça. Depois, quando vira a cabeça para o outro lado e se desvencilha do grupo, sua mão esquerda toca no peito dela. Ele a segura por um momento, e então a solta.
A CNN entrou em contato com Vilda, a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a mulher para comentar.
A polêmica em torno de Vilda ocorre em meio ao caso do beijo que o presidente da RFEF, Luis Rubiales, deu na jogadora Jennifer Hermoso durante a cerimônia de premiação após a final do Mundial.
Nesta segunda-feira (21), Rubiales admitiu que errou ao dar um beijo surpresa na boca de Hermoso.
“Seguramente errei, tenho que reconhecer. Num momento de máxima efusividade, sem qualquer má intenção ou má-fé, aconteceu o que aconteceu, de maneira muito espontânea”, disse.
“Tenho de pedir desculpa, não tenho alternativa. Além disso, tenho de aprender com isso e perceber que, quando represento uma instituição tão importante quanto a Federação, sobretudo em cerimônias, tenho que ter mais cuidado”, continuou.
A atitude do dirigente gerou várias críticas, entre as quais a do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que se referiu publicamente ao acontecimento nesta terça-feira (22).
“Em relação ao Sr. Rubiales e toda a polêmica que ocorreu. Em primeiro lugar, acho que elas, os jogadoras, fizeram de tudo para vencer. Mas é verdade que houve alguns comportamentos, neste caso do Sr. Rubiales, que mostram que em nosso país ainda há um longo caminho a percorrer em termos de igualdade e respeito e na equiparação de direitos entre mulheres e homens”, disse Sánchez.
“As desculpas do Sr. Rubiales não são suficientes. Eu até acho que não são adequadas e que, portanto, o Sr. Rubiales deve continuar tomando medidas para esclarecer o que todos nós vimos”, continuou o primeiro-ministro.
FONTE: Por CNN