Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, réus acusados dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, são interrogados pela Justiça Federal nesta quinta-feira (26). A audiência começou por volta das 10h10.
Os três estão presos em penitenciárias federais e devem prestar depoimentos por videoconferência.
A Justiça analisa a materialidade do crime e indícios suficientes de autoria para saber se os réus serão levados a júri popular.
Na última semana, a Justiça também ouviu novas testemunhas de defesa arroladas pelos advogados do trio. Entre os depoentes estava Rubem Dario Vilar, o Colômbia, suspeito de ser o intelectual dos crimes, que negou participação no caso.
Também foram ouvidos parentes dos réus. Uma das testemunhas, Amarílio de Freitas Oliveira, filho do pescador Amarildo da Costa e sobrinho de Oseney da Costa, disse que era comum Bruno e a equipe da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) abordarem os pescadores fora da Terra Indígena Vale do Javari.
Segundo ele, a fiscalização causou dificuldades financeiras à família.
Primeiro interrogatório
Amarildo, Oseney e Jefferson foram ouvidos pela Justiça Federal no dia 8 de maio. No entanto, como o juiz anterior do caso – Fabiano Verli – havia não autorizado o depoimento de algumas testemunhas arroladas pela defesa, os advogados dos réus entraram com um Habeas Corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Por unanimidade, os desembargadores federais conheceram parcialmente o pedido da defesa e mandaram que a Justiça Federal ouvisse as testemunhas indeferidas por Verli e marcasse um novo interrogatório dos réus.
Isso porque, no Processo Penal Brasileiro o interrogatório dos acusados só pode ocorrer após o fim da oitiva das testemunhas, a fim de não comprometer os princípios processuais do contraditório e da ampla defesa.
FONTE: Por G1 AM