Início Brasil Governo anuncia expansão do prontuário eletrônico para hospitais públicos de todo Brasil

Governo anuncia expansão do prontuário eletrônico para hospitais públicos de todo Brasil

Atualmente, só 41 hospitais universitários contam com a ferramenta. Projeto pretende ampliar o serviço para 3 mil unidades de saúde

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Anchiy/Getty Images

O ministro da Educação, Camilo Santana, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinaram nesta quinta-feira (13) acordo para expandir a utilização de um aplicativo de gestão hospitalar atualmente utilizado em 41 hospitais universitários. O programa permite que médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde possam ter acesso rápido ao prontuário dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto pretende expandir o uso da ferramenta para aproximadamente 3 mil hospitais de diferentes unidades da federação.

O aplicativo registra as consultas, internações, procedimentos, exames e medicações aplicadas aos pacientes. E os dados podem ser acessados em qualquer unidade de saúde que conte com a ferramenta.

O projeto é iniciativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao MEC. Atualmente é utilizado para auxiliar o atendimento de 25 milhões de pacientes e é considerada o maior sistema hospitalar público do Brasil, acessado, em média, 3 milhões de vezes ao mês. Ao todo, são 83 mil usuários cadastrados.

Com o acordo assinado hoje, o governo pretende que a ferramenta passe a ser utilizada também por unidades de saúde federais, estaduais e municipais. A intenção do Ministério da Saúde e do MEC, explicaram os ministros, é permitir uma melhor continuidade dos tratamentos e evitar a repetição de procedimentos desnecessários.

Além disso, alegam os ministros, com a entrada das informações dos hospitais, o banco de dados referente à saúde dos brasileiros será fortalecido e permitirá que mais informações sejam disponibilizadas aos cidadãos por meio do ConecteSUS.

A ministra Nísia Trindade afirmou que esta iniciativa faz parte da agenda do governo de reconstrução do Brasil e que é uma tecnologia voltada a reduzir a desigualdade.

“A síntese é educação e saúde para reconstruir o Brasil. Transformação digital tornou-se um termo de uso recorrente nos dias de hoje, mas é importante, no caso da saúde, pensar essa transição digital a partir dos grandes valores do SUS para garantir um acesso de qualidade à população”, disse a ministra.

A expectativa do governo é que a expansão comece a partir de outubro. Segundo o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, os ministérios irão oferecer assessoria técnica aos Estados, disponibilizando todo o suporte para a implantação, manutenção e desenvolvimento do aplicativo.

Outro ponto levantado por Chioro é a previsão de uma economia financeira, ao longo do tempo, de recursos que poderão ser posteriormente direcionados a outras áreas.

“Hoje os hospitais públicos, sejam municipais ou estaduais, gastam um volume de recursos considerável para fazer a implantação de um sistema de prontuário eletrônico e depois a manutenção anual. A adesão estimada, por volta de 3 mil hospitais, vai gerar uma possibilidade, se ela se concretizar, de economia de recursos para os municípios da ordem de mais de R$ 3 bilhões”, declarou Chioro.

O ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou que essa integralização era uma demanda antiga dos secretários estaduais e municipais de saúde que se concretiza com a assinatura do acordo. “Temos aproximado cada vez mais a saúde da educação, nessa ação de hoje, no Mais Médicos, no Revalida, na criação de novas faculdades de medicina. É importante a saúde e a educação estarem sempre integradas”, afirmou Santana.

FONTE: Por CNN

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