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Mais Médicos tem recorde de inscrições na retomada do programa, diz governo

Quase seis mil vagas são oferecidas em dois mil municípios; programa vai priorizar os brasileiros inscritos

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Novo edital modificou o tempo de atuação dos profissionais de três para quatro anos, podendo ser prorrogáveis por igual período Benoit Tessier/Reuters

O programa Mais Médicos recebeu 34.070 inscrições, um número recorde, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (1º). São oferecidas 5.970 vagas em 1.994 municípios, em todas as regiões do Brasil.

De acordo com dados do ministério, o número de brasileiros inscritos no programa é de 30.175, sendo 19.652 com registro profissional no país. Além disso, 3.895 estrangeiros efetuaram a inscrição para o Mais Médicos.

Segundo o governo, os profissionais brasileiros formados no país terão prioridade. Brasileiros formados no exterior e estrangeiros podem participar, atuando com registro da pasta em vagas não ocupadas por médicos com registro no país.

O secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Nésio Fernandes, afirma que a característica nova do programa é o foco na formação de especialistas em Medicina de Família e Comunidade e capacitação de profissionais.

“Ao fim de quatro anos de ensino em serviço, os médicos podem realizar a prova de título da sociedade e ter três títulos, caso seja aprovado nas avaliações previstas: especialista Lato sensu, mestrado profissional e a possibilidade da realização da prova de título de Médico de Família e Comunidade”, destaca Fernandes.

A previsão do ministério é que a publicação final dos alocados ocorra no dia 15 de junho, com a confirmação exata das vagas entre os dias 16 e 22 do mesmo mês. A expectativa é de que os profissionais comecem a atuar nos municípios logo após a confirmação, principalmente nas regiões de vazios assistenciais.

A retomada do programa traz aos profissionais oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento, além de fomento e benefícios para atuação em áreas mais vulneráveis.

De acordo com o edital do programa, os participantes poderão receber incentivos pela permanência. Profissionais alocados em regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade recebem um percentual maior.

Conforme a vulnerabilidade do município, os profissionais podem receber adicional de R$ 60 mil a R$ 120 mil. Os valores estão entre 10% e 20% das bolsas recebidas durante o ciclo do programa. O incentivo é maior para o médico que tiver realizado graduação com recursos do Fies, podendo chegar a R$ 475 mil de bônus, que será pago ao final de 48 meses ou com antecipação de 30% do valor ao fim de 36 meses.

O novo edital modificou o tempo de atuação dos profissionais de três anos para quatro anos, podendo ser prorrogáveis por igual período.

FONTE: Por CNN

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