A Justiça Federal finalizou as oitivas dos três acusados das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Ao final da audiência de instrução de julgamento, o juiz do caso, Fabiano Verli, abriu prazo de dois dias para que o Ministério Público Federal (MPF) e a defesa dos réus apresentem as alegações finais. Em seguida, o processo volta para o magistrado definir se os acusados vão a júri popular. Os réus que estão detidos em presídios federais respondem por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Durante os depoimentos, Amarildo da Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima, que já tinham confessado o crime, alegaram que os disparos de arma de fogo contra Bruno e Dom foram feitos em legítima defesa por que, segundo eles, Bruno teria atirado primeiro. Os dois também foram unânimes em afirmar que Oseney da Costa de Oliveira, irmão de Amarildo, não teve participação no crime. Oseney chegou a dizer que não tinha problemas com o indigenista e que defende a proibição da pesca ilegal na região.
O crime aconteceu em junho de 2022. Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram durante uma expedição nas proximidades da terra indígena Vale do Javari, no Amazonas. Os restos mortais foram encontrados 10 dias depois. Segundo o laudo de peritos da Policia Federal, Bruno foi atingido por três disparos. Já Dom foi baleado uma vez.
Além dos três acusados, a Polícia Federal aponta Rubem Dário da Silva Villar, conhecido como Colômbia, como mandante dos assassinatos. Colômbia está preso desde dezembro de 2022.
FONTE: Por CNN