Mesmo com o retorno de Jair Bolsonaro ao Brasil, partidos de direita começaram a defender um nome novo para a disputa presidencial de 2026, no qual a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entraria como opção ao posto de candidata a vice-presidente.
Com possibilidade de se tornar inelegível, devido a processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro assumiria o papel de puxador de votos para algum nome da direita.
As eleições municipais no ano que vem serão usadas de teste para o capital político do ex-mandatário do Palácio do Planalto, após derrota para Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar da defesa de que a ex-primeira-dama pudesse encabeçar uma chapa presidencial, a avaliação de setores do PL e do PP é de que ela não conseguiria se viabilizar e que há outros nomes mais preparados na fila daqueles com pretensões ao Palácio do Planalto.
Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), são os principais cotados para a disputa de 2026.
Uma eventual chapa Tarcísio-Michelle ou Zema-Michelle é vista, por seus defensores, como “imbatível” com chances de conquistar o centro político e atrair o eleitor evangélico.
O ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira, esteve reunido nesta semana, em agendas separadas, com Zema e Tarcísio em torno de um projeto de reunificação da direita.
Zema tem conversado com o PL e o PP, partidos que desejam filiá-lo diante do enfraquecimento do Novo, que fez uma bancada parlamentar de apenas três deputados federais, o que restringiu acesso a fundo eleitoral e tempo de televisão.
Futuro
Com o retorno de Bolsonaro ao Brasil, na quinta-feira (31), o PL prepara uma agenda de viagens do ex-mandatário do Palácio do Planalto a partir do mês de maio.
A ideia é que o esforço ajude Bolsonaro a recuperar seu capital político, que sofreu desgaste com o período no exterior, e atue como cabo eleitoral para a legenda na disputa municipal de 2024.
Além disso, dirigentes do partido defendem que Bolsonaro faça um discurso, no dia 11 de abril, com críticas aos cem primeiros dias da gestão de Lula.
FONTE:Por CNN