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Vacinação contra mpox começa em março no Brasil; veja quem poderá ser imunizado

FImunização será destinada às pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença; campanha começa no dia 13

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De acordo com o ministério, a estratégia e o público prioritário para vacinação foram acordados com os estados e municípios Sven Hoppe/picture alliance via Getty Images

A vacinação contra a mpox, doença nomeada anteriormente como varíola dos macacos, está prevista para começar na segunda-feira, 13 de março. As informações foram confirmadas à CNN pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.

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À CNN, o ministério confirmou que a imunização será destinada às pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. De acordo com a pasta, a estratégia e o público prioritário para vacinação foram acordados com os estados e municípios.

Poderão ser vacinadas pessoas que vivem com HIV/Aids que apresentam status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. A condição de baixa imunidade aumenta os riscos do agravamento da doença. De acordo com o ministério, este público representa atualmente cerca de 16 mil pessoas em todo o país.

Também serão imunizados os profissionais que atuam nos laboratórios em contato com o vírus, como medida preventiva. Para a vacinação pré-exposição, é recomendado um intervalo de 30 dias com qualquer vacina previamente administrada.

Além desses, também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença, como profilaxia pós-exposição. Nessas situações, cujo principal objetivo é bloqueio da transmissão, a recomendação é que aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunizante.

A vacina MVA-BN, também chamada de Jynneos, Imvamune ou Imvanex, é produzida pela empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, sendo um dos principais imunizantes comercializados e já em uso em parte da Europa e nos Estados Unidos no atual surto da doença.

Cenário epidemiológico

Os mais recentes dados epidemiológicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que o surto está a caminho do fim na região europeia e desacelerando na região das Américas, onde ocorre a transmissão entre pessoas.

Na região africana, onde a infecção também ocorre através do contato com animais infectados, a curva epidêmica mostra uma transmissão mais sustentada, refletindo padrões mistos de transmissão entre pessoas através de contato direto ou sexual, bem como surtos devido a contágio via animal.

De janeiro de 2022 a 27 de fevereiro deste ano, foram confirmados por laboratório um total de 86.173 casos e 100 mortes em 110 países.

De acordo com o Ministério da Saúde, o atual cenário epidemiológico apresenta queda progressiva no número de casos no Brasil. A principal estratégia de contenção da doença é a identificação de casos e rastreamento de contatos. Diante disso, a estratégia de vacinação neste momento irá priorizar a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença.

As primeiras vacinas contra a doença chegaram ao país em 4 de outubro, um quantitativo de 9,8 mil doses. Ao todo, o Ministério da Saúde comprou cerca de 50 mil doses via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A CNN questionou a pasta sobre o atraso no início da aplicação. Em nota, o ministério afirmou:

“Para a ação, o Ministério da Saúde vai distribuir aos estados cerca de 47 mil doses de vacina recebidas pela gestão passada, mas sem uso ou estratégia para utilização. O envio de doses será feito conforme o andamento da vacinação e de acordo com as solicitações dos estados e Distrito Federal”.

Sobre a vacina Jynneos

Considerada de terceira geração, a vacina Jynneos apresenta perfil de segurança aprimorado e apresenta menor capacidade de provocar reações adversas. A formulação utiliza linhagens atenuadas do vírus vaccinia modificado da cepa Ankara, que está relacionado ao vírus da varíola.

O imunizante é destinado a adultos com 18 anos ou mais, com esquema recomendado de duas doses a serem administradas com quatro semanas de intervalo. A vacina possui prazo de até 60 meses de validade quando conservada entre -60 e -40°C.

O imunizante da Bavarian Nordic foi licenciado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão semelhante à Anvisa dos Estados Unidos, para a prevenção da infecção pelo vírus da mpox.

A vacina é aprovada na União Europeia desde 2013 para a prevenção da varíola comum. Em julho, o Comitê de Medicamentos Humanos (CHMP, em inglês) da Agência de Medicamentos Europeia (EMA) recomendou estender a indicação da vacina para incluir a proteção de adultos contra a mpox.

Nos Estados Unidos, o CDC recomenda que as doses de MVA-BN devem ser priorizadas para aquelas pessoas que estão em risco de doença grave por varíola dos macacos (como pessoas com HIV ou outras condições de comprometimento imunológico).

FONTE: Por CNN

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