O nome de Anderson Torres ganhou destaque nos últimos dias.
Ex-secretário de Segurança Pública do DF, ele foi exonerado do cargo e teve prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no domingo (8), após os atos antidemocráticos em Brasília.
Também é realizada busca e apreensão na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL). Torres está em viagem no exterior.
Em sua decisão, Moraes aponta “diversas omissões, em tese dolosas, praticadas pelos responsáveis pela segurança pública do Distrito Federal e que contribuíram para a prática dos atos terroristas desde 8 de janeiro de 2023”.
Na segunda-feira (9), pelo Twitter, o ex-secretário publicou um pronunciamento dizendo que foi “surpreendido pelas lamentáveis cenas” em Brasília durante seu “segundo dia de férias”.
“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos”, escreve o comunicado.
Quem é Anderson Torres
Natural de Brasília (DF), Anderson Gustavo Torres, 45, é delegado da Polícia Federal, formado em direito pelo Centro Universitário de Brasília (CEUB) e especialista em ciência policial, investigação criminal e inteligência estratégica pela Escola Superior de Guerra (ESG).
Ele foi responsável pela coordenação das principais investigações voltadas ao combate ao crime organizado na Superintendência da Polícia Federal, em Roraima, entre 2003 e 2005.
Torres também coordenou investigações e operações policiais voltadas ao controle de precursores químicos desviados para a produção de drogas no Brasil e na América do Sul e atuou, entre 2007 e 2008, como responsável pela atividade de inteligência da Polícia Federal na repressão a organizações criminosas de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
No período de 2008 a 2011, teve sob sua responsabilidade a administração da parte técnica e logística da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.
Em 2019, ele recebeu o Prêmio de Direitos Humanos, e a Medalha do Mérito Buriti, pelos relevantes trabalhos prestados à sociedade e ao Governo do Distrito Federal.
De 2019 até abril de 2021, esteve à frente da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, onde foi responsável pelos menores índices de homicídios da capital federal nos últimos 41 anos.
Torres deixou a Secretaria para assumir o Ministério da Justiça, substituindo André Mendonça, durante o governo Bolsonaro.
FONTE: Por CNN