O Fantástico conversou com Rita de Cássia Corrêa, a mulher que denunciou o músico Leandro Lehart, do grupo Art Popular. Ela contou ao repórter Valmir Salaro que sofreu um abuso grotesco e repugnante, que destruiu a vida dela.
Leandro foi condenado a mais de 9 anos de prisão por estupro e cárcere privado e pode recorrer em liberdade. Ele nega as acusações.
Rita conversou com exclusividade com o repórter Valmir Salaro. Ela conta que começou a se aproximar do músico em 2017. Mas, em 2019, ela conta que passou por uma situação violenta e degradante, um trauma do qual até hoje não conseguiu se recuperar.
Ela conta que Leandro a deixou um bom tempo trancada no banheiro e que depois que foi solta, a conversa tomou outro rumo. Ela acusa Leandro Lehart de racismo.
“Ele disse: ‘Você acha que eu queria o quê? Relacionamento? O que você acha que eu gostaria de uma negrinha como você?’. Que não era para eu contar para ninguém, divulgar na mídia, procurar a polícia. Porque eu nem teria condições de pagar um advogado para me defender, que o dinheiro que ele tem, os advogados dele iam agir contra mim, que eu ia sair com uma aproveitadora”, conta.
Segundo ela, depois das humilhações e abusos, Leandro chamou um motorista de aplicativo e a deixou ir embora.
“Já fui direto para o banheiro. Já ali no chão mesmo, me despenquei a chorar e fiquei muito tempo ali tentando me higienizar, tentando tirar todo aquele cheiro horrível, aquele gosto, escovando meus dentes. Ali embaixo do chuveiro”, relembra Rita.
Desse dia em diante, a vida de Rita desandou. Ela convive com sérios problemas emocionais, perdeu o emprego de controladora de acesso no metrô de São Paulo, e até tentou o suicídio.
“Me joguei de um lance de escadas muito grande, ali no desespero. Querendo fugir de tudo que eu estava passando”, conta.
FONTE: G1/FANTÁSTICO/Foto:Reprodução