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Manaus registra 1.508 novos casos de tuberculose este ano 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), 41% dos registros foram na faixa etária de 20 a 39 anos.

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Manaus registrou 1.508 novos casos de tuberculose este ano, até o momento. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), 41% dos registros foram na faixa etária de 20 a 39 anos. 

A forma clínica pulmonar representa 1.287 do total de casos. 

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela micobactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta prioritariamente os pulmões. O principal sintoma é a tosse e, por isso, a recomendação é para que pessoas com tosse por duas semanas ou mais sejam examinadas, procurando uma das Unidades de Saúde da rede municipal para a realização de exames. 

A transmissão da tuberculose ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas. 

Telemonitoramento

Na tarde de quinta-feira (25), médicos do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade, de Manaus, participaram da capacitação em “Atenção à Pessoa em Tratamento de Tuberculose e Acompanhamento pelo Serviço de Telemonitoramento”. O treinamento foi realizado no Centro Universitário Fametro, localizado na avenida Constantino Nery, bairro Chapada, zona Centro-Sul, 

Coordenada pelo Núcleo de Controle da Tuberculose e da Gerência de Telessaúde da Semsa, a capacitação abordou a situação epidemiológica da tuberculose em Manaus; os compromissos do Plano Nacional para o Fim da Tuberculose; funcionamento da rede de diagnóstico; exames; organização da rede municipal e rede estadual de saúde; fluxo de atendimento na Atenção Primária; esquema de medicamentos; reações adversas; cuidados e fluxo de avaliação dos contatos familiares do paciente; apresentação da plataforma utilizada no telemonitoramento; e roteiro de atendimento. 

O supervisor do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade da Semsa, Frederico Cavalcante, explicou que os médicos que participaram da capacitação são bolsistas da Escola de Saúde Pública de Manaus (Esap/Semsa), residentes do primeiro e do segundo ano, e estão lotados em equipes da Estratégia da Saúde da Família (ESF). 

“Durante a formação, os médicos residentes passam um período de vivência no programa de Telessaúde da Semsa para que desenvolvam competências em tecnologias médicas. A capacitação no telemonitoramento de pacientes com tuberculose é uma etapa e reparação para que possam atuar no serviço”, informou o supervisor. 

Segundo a técnica do Núcleo de Controle da Tuberculose, enfermeira Dinah Carvalho Cordeiro, o serviço de telemonitoramento foi criado em novembro de 2020 com o objetivo de fortalecer o acompanhamento dos pacientes diagnosticados com tuberculose, a partir do contato por telefone e, assim, reforçar a adesão do paciente ao tratamento e reduzir os casos de abandono. 

“É um serviço que complementa o trabalho desenvolvido pelas equipes das Unidades de Saúde onde o paciente realiza o tratamento. A equipe entra em contato com o paciente e avalia questões que possam comprometer o sucesso do tratamento, como é o caso do uso incorreto do medicamento, casos de reação adversa aos remédios e situações de vulnerabilidade social. São situações em que a Semsa pode intervir orientando o paciente e encaminhando a demanda para a equipe na Unidade de Saúde. Em casos de situações de pobreza extrema, também é possível envolver a rede de assistência social para que o paciente possa ter acesso aos serviços, recebendo, por exemplo, cestas básicas”, explicou a enfermeira.

Em 2020, o serviço de telemonitoramento realizou 339 ligações com sucesso. Já no ano passado, o número de atendimentos com sucesso chegou a 4.276 e este ano são 5.061 ligações bem-sucedidas. “Em 2022, 2.361 pacientes receberam ligações, sendo que 1.561 pacientes receberam três ou mais ligações”, informou Dinah. 

Para executar o serviço de telemonitoramento, a Semsa conta com uma equipe formada por dois médicos infectologistas, um pediatra, um clínico geral e um enfermeiro, além de técnico do Núcleo de Controle de Tuberculose que atua no direcionamento de demandas. 

Uma das pessoas que integra a equipe é a médica infectologista Silvana de Lima e Silva. Ela explicou que o tratamento para tuberculose dura em média seis meses, divididos em uma fase intensiva e uma fase de manutenção do tratamento. 

“Na fase intensiva, que são os dois primeiros meses de tratamento, o monitoramento por telefone é feito a cada 15 dias. A gente procura verificar nessa fase se o paciente está tomando a medicação de forma correta e se há adesão ao tratamento. Após essa fase, seguimos com o monitoramento a cada 30 dias. Mas também existem situações diferenciadas em que o monitoramento vai depender de uma avaliação caso a caso. Tem sido uma experiência positiva no atendimento, porque, mesmo que seja um atendimento a distância, podemos alcançar o usuário, que se sente mais acolhido e pode tirar as dúvidas sobre a doença e o tratamento”, enfatizou Silvana.

FONTE: Por G1 AM/Foto: Divulgação/Secom


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