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CDC relata dois primeiros casos de varíola dos macacos em crianças nos EUA

Autoridades de saúde pública estão investigando como as crianças foram infectadas

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Imagem de microscopia do vírus Monkeypox, que causa a varíola dos macacos National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID)

ois casos de varíola dos macacos foram identificados em crianças nos Estados Unidos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), norte-americano.

Os dois casos não estão relacionados e provavelmente são resultado de transmissão local, disse o CDC na sexta-feira (22).

Um caso é de uma criança residente da Califórnia. A outra é uma criança que não é mora nos EUA. As autoridades de saúde pública estão investigando como as crianças foram infectadas.

Ambas apresentam sintomas, mas estão bem de saúde e recebendo tratamento com um medicamento antiviral chamado tecovirimat ou TPOXX, que o CDC recomenda para crianças menores de 8 anos porque são consideradas de maior risco para a infecção.

Desde que o surto de varíola começou em maio, a maioria dos casos aconteceu entre homens que fazem sexo com homens. No entanto, qualquer pessoa pode contrair o vírus através do contato pele a pele. No caso de crianças, a agência disse que isso pode incluir “segurar, abraçar, alimentar, bem como por meio de itens compartilhados, como toalhas, roupas de cama, copos e utensílios”.

O CDC afirma que a vacina contra a varíola do macacos Jynneos está sendo disponibilizada para crianças por meio de protocolos especiais de uso expandido. A agência também desenvolveu novas orientações para profissionais de saúde sobre como identificar, tratar e prevenir a varíola em crianças e adolescentes.

A pesquisadora Jennifer McQuiston, vice-diretora da Divisão de Patógenos e Patologia de Alta Consequência do CDC, disse na sexta-feira que os casos em crianças não eram surpreendentes e que os EUA deveriam estar prontos para responder a mais casos.

“As redes de contato social que temos como humanos significam que temos contato com muitas pessoas diferentes. E enquanto esse surto está se espalhando em uma rede social específica agora, acho que deveríamos ter enviado a mensagem desde o início de que pode haver casos que ocorrem fora dessas redes e que precisamos estar atentos a isso e prontos para responder”, disse.

“Sei que na Europa e em outros lugares onde esse surto também está se expandindo, eles relataram casos em crianças, em mulheres. E acho que a mesma coisa está acontecendo e espera-se que aconteça aqui nos Estados Unidos”, disse ela.

“Não há evidências até o momento de que estamos vendo esse vírus se espalhar para fora dessas populações em qualquer grau”, disse McQuiston.

Melhora no fornecimento de vacinas

O governo dos EUA enviou 300 mil doses de vacinas contra a varíola dos macacos para estados e territórios na tarde de sexta-feira.

“Isso significa que centenas de milhares de americanos serão vacinados em questão de dias ou semanas”, disse Ashish Jha, coordenador de resposta à Covid-19 da Casa Branca, na sexta-feira.

“Jurisdições, estados, territórios e cidades estão recebendo suas vacinas normalmente cerca de 30 horas após o pedido”.

Jha disse na sexta-feira que a cidade de Nova York recebeu vacina suficiente contra a varíola dos macacos para fornecer pelo menos uma dose para cerca de metade de sua população elegível, enquanto DC recebeu o suficiente para fornecer uma dose para 70% de sua população elegível.

As doses recém-lançadas aumentam a oferta disponível, mas cobrem apenas uma pequena parcela da população elegível. O CDC estima que mais de 1,5 milhão de pessoas estão aptas para a vacinação contra a varíola dos macacos.

As informações de prescrição da vacina Jynneos dizem que um esquema completo é de duas doses com quatro semanas de intervalo. O CDC e a Food and Drug Administration (FDA), agência semelhante à Anvisa dos EUA, disseram que as pessoas precisam de ambas as doses para prevenir totalmente a doença.

Mas na cidade de Nova York e em alguns outros lugares com um alto grau de disseminação viral, as autoridades estão dando uma primeira dose para o maior número de pessoas possível, mesmo antes que as segundas doses estejam disponíveis.

Essa estratégia faz sentido, disse Jha na sexta-feira.

“A FDA e o CDC acreditam claramente que as pessoas precisam de duas doses. E a razão pela qual Nova York e muitos outros lugares conseguiram avançar com uma primeira dose para todos, é porque conseguimos mostrar a eles que mais doses estão chegando e que as segundas doses poderão ser aplicadas nas pessoas, disse ele. “Dado isso, encorajamos as pessoas a tomar as suas primeiras doses”.

As pessoas são elegíveis para serem vacinadas contra a varíola se souberem que foram expostas ao vírus ou se suspeitarem de que foram expostas porque tiveram vários parceiros sexuais ou estiveram em um evento em que se sabe que a varíola se espalhou.

“Continuamos a ver a maioria dos casos nos Estados Unidos como sendo relatados entre indivíduos que se identificam como gays, bissexuais ou outros homens que fazem sexo com homens”, disse McQuiston. Mais de 99% dos casos de varíola nos EUA para os quais o CDC tem informações envolveram contato sexual entre homens.

FONTE: Por CNN

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