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Nova presidente da Caixa já foi vítima de violência doméstica e quer força-tarefa contra denúncias de assédio

Daniella Marques, que foi indicada por Paulo Guedes, deve assumir o comando do banco na semana que vem; ela substitui Pedro Guimarães, que pediu demissão depois de divulgação de denúncias de assédio.

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Daniella Marques Consentino, nova presidente da Caixa Econômica Federal — Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A nova presidente da Caixa, Daniella Marques, já pediu à diretoria jurídica da Caixa documentos para analisar quais serão as primeiras mudanças que tomará assim que assumir o comando do banco. A prioridade dela será preservar a imagem do banco, assim como buscar fortalecer a governança do órgão.

Marques vai passar pelo comitê de elegibilidade do banco e, só depois, assume o comando da Caixa – o que deve acontecer na semana que vem.

Daniella, convidada por Jair Bolsonaro (PL) depois da saída de Pedro Guimarães do cargo, quer revisar a governança da Caixa e, inclusive, já fez as primeiras consultas ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão compartilhe um programa de prevenção de assédio com a Caixa.

A ideia de Marques é montar uma força-tarefa para apurar as denúncias de assédio no banco, como as feitas contra Guimarães e, comprovadas as acusações, fazer uma “limpa” em todos que estiverem envolvidos nos casos.

Como o blog contou na quarta-feira (29), funcionárias temem a permanência, no órgão, de um aliado de Pedro Guimarães – o número dois do banco.

Presidente da Caixa Pedro Guimarães fala junto a Jair Bolsonaro em anúncio de medidas econômicas durante a pandemia de Covid — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters/Arquivo
Presidente da Caixa Pedro Guimarães fala junto a Jair Bolsonaro em anúncio de medidas econômicas durante a pandemia de Covid — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters/Arquivo

Segundo integrantes do Palácio do Planalto, foi garantido a Marques “carta branca” para fazer mudanças no banco.

Ela chegou ao cargo por indicação de Paulo Guedes, de quem foi sócia no mercado financeiro. Ela é nome de confiança do ministro da Economia – que se fortalece com mais uma indicação para um cargo importante nas últimas semanas. Antes, ele emplacou Caio Paes de Andrade na Petrobras.

No governo, Daniella tem um programa nacional de empreendedorismo feminino com iniciativas em prol das mulheres. Na Caixa, quer se colocar como uma aliada das funcionárias assim que assumir.

Violência doméstica

Nos bastidores, Daniella Marques repete que a “luta da mulher não é de esquerda nem de direita”.

Daniella tem um histórico de vítima da violência contra a mulher também.

Em 2019, ela foi alvo de violência doméstica por um ex-companheiro – e entrou na Justiça pedindo medidas protetivas, conforme revelou a revista Veja. No entanto, o inquérito foi arquivado pela Justiça e, em 2020, o ex-marido entrou com uma petição sigilosa contra Daniella. O blog procurou a defesa de Daniella, que disse que “hoje, então, Daniella é alvo de um inquérito que investiga fatos do qual foi vítima, renovando a violência contra a mulher”.

Veja a íntegra da nota da defesa de Daniella enviada ao blog:

“Em março de 2019, Daniella Marques foi vítima de violência doméstica durante discussão com seu ex-companheiro, episódio que gerou contra ele medidas protetivas, que duraram até cerca de setembro de 2019.

No final de 2019, o inquérito contra seu ex-companheiro foi arquivado, e as medidas protetivas também revogação.

Em 2020, porém, uma petição sigilosa foi protocolada pela defesa do seu ex-companheiro pedindo que fosse aberta investigação contra Daniella Marques, o que foi deferido.

Hoje, então, Daniella é alvo de um inquérito que investiga fatos do qual foi vítima, renovando a violência contra a mulher.”

FONTE: Por G1

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