Avaliação é de que Lula já é conhecido e que, por isso, não precisaria de um plano de intenções detalhado; para petistas, ex-presidente deveria se inspirar em discurso de Tancredo Neves em 1985
Para evitar dar munição eleitoral a partidos adversários, um grupo de dirigentes petistas tem defendido que o programa eleitoral do partido para as eleições presidenciais deste ano seja enxuto.
Na avaliação de lideranças da legenda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já é conhecido pela população brasileira, o que poderia eximi-lo de apresentar uma espécie de plano detalhado de intenções para a eleição deste ano.
Além disso, eles argumentam que, na dianteira nas pesquisas eleitorais, o petista será alvo prioritário de ataques e, por isso, deve evitar dar munição eleitoral para adversários. Eles lembram do ocorrido em 2014, com a campanha eleitoral da então candidata Marina Silva.
Em primeiro nas pesquisas eleitorais, a então presidenciável apresentou um plano de governo detalhado, que foi explorado por adversários, como pelo próprio PT, para criticar a sua candidatura.
Para líderes petistas, o ideal é que Lula faça um plano de governo genérico que adote um discurso semelhante ao do ex-presidente Tancredo Neves na disputa do colégio eleitoral de 1985, quando foi eleito presidente.
Na época, o discurso do então candidato do MDB era de se apresentar como uma alternativa de conciliação, que reunia forças políticas de diferentes posturas ideológicas contra o retrocesso dos últimos anos. Na época, ele fazia referência ao período da ditadura militar.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
FONTE: Por CNN