A mais recente pesquisa de intenção de votos do Instituto Perspectiva, a primeira realizada em 2022, registrou um cenário eleitoral muito similar ao apresentado nas eleições de 2018: o segundo turno da corrida ao Governo do Estado aponta para novo duelo entre o governador Wilson Lima (PSC) e o ‘experimentado’ Amazonino Mendes. Com a diferença de que, desta vez, Lima concorre à reeleição no cargo, mesma condição de Amazonino na eleição passada, que concorreu na cadeira de governador contra o jornalista, então, novato na política.
Lima ganha musculatura
Pela sondagem, Lima tem ganhado musculatura e ‘arrebanhou’ mais 5,5 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de 27 de dezembro, e teria, atualmente, 22,5% dos votos, contra o rival Amazonino, que ainda aparece na liderança, com 33,4% das intenções de votos. Com Amazonino e Lima muito próximos de repetir o segundo turno de 2018, crescem as informações de bastidores de que o terceiro colocado, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que alimenta o sonho de retornar ao Governo do Amazonas, poderia recuar da disputa. Braga tem 18,6% dos votos na pesquisa.
Janela partidária
Experiente e arguto observador da política local, o publicitário e empresário, Durango Duarte, fez, a pedido da coluna Via Brasília, um breve exercício de futurologia política, em consequência do fim da janela partidária, que fecha em 1º de abril. Neste período, parlamentares podem trocar de partido sem sofrer sanções e concorrer às eleições em outra agremiação. Durango também acredita que os maiores vencedores do troca-troca partidário serão, justamente, os primeiros colocados na sua pesquisa.
Amazonino no União
Segundo ele, são grandes as chances de Amazonino Mendes ir para o União Brasil e levar consigo 18% do fundo eleitoral do partido e 18% do tempo de propaganda de rádio e TV. Para compor sua chapa de deputado federal, Amazonino contaria com o secretário Municipal de Educação, Pauderney Avelino (União Brasil) e, talvez, o vereador Amom Mandel (Podemos) e Adail Filho (PP). Amazonino ainda busca um candidato a senador ‘para chamar de seu’ e fechar a chapa, que poderá ser o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Governador competitivo
Outro candidato que deve formar chapa competitiva é Wilson Lima, que se movimenta para atrair às hostes lideranças de peso, segundo Durango Duarte. Um acordo entre o atual governador e o PP, de Ciro Nogueira, tem chances robustas de se concretizar. Com isso, Lima poderá marchar com duas chapas competitivas: de um lado com o federal, pelo PP, o decano Átila Lins, e de outro, com o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Os liberais devem ter cinco candidatos a federais: Alfredo Nascimento, Alberto Neto, delegado Pablo, Alfredo Jacaúna e Fausto Júnior. Ele estima que será difícil eleger três, mas para Lima, será um exército e tanto a ‘arrebanhar’ votos a ele.
FONTE: Por REVISTA CENARIUM
