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Pesquisa aponta que substância de casca de ingá-cipó pode ser utilizada para produção de álcool em gel no AM

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(Foto: Getty Images)

Alunos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) utilizam a matéria-prima coletada de áreas do município de Itacoatiara e comunidades próximas para realizarem a pesquisa.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Itacoatiara, no interior do Amazonas, apontou que uma substância presente na casca do fruto ingá-cipó pode ser utilizada na produção de álcool em gel.

A pesquisa, chamada de “Obtenção de Micro e Nanocelulose”, utiliza a casca do ingá-cipó como matéria-prima. O fruto tem a forma de uma vagem de coloração verde. Dentro dela, sementes ficam envolvidas por um arilo comestível.

O projeto pretende obter micro e nano celulose a partir da casca do ingá-cipó, com o intuito de substituir um componente hidrossolúvel importado, normalmente utilizado para estabilizar emulsões e dar viscosidade à fórmulas. A substância é utilizada como matéria-prima na indústria de cosméticos para fabricação de produtos em gel.

“Nós entendemos que poderíamos contribuir fazendo pesquisas utilizando biomassa que temos em abundância na região. O ingá-cipó é cultivado na Amazônia e a casca é desperdiçada. Então, nós queremos utilizar a casca trazendo o benefício de retirar o que é lixo e agregar um valor”, informou a coordenadora da pesquisa e doutora em química da Ufam, Margarida Carmo de Souza.

Os alunos da universidade utilizam a matéria-prima coletada de áreas do município de Itacoatiara e comunidades próximas para realizarem a pesquisa.

“Posteriormente, a casca é cortada e triturada. Depois de triturar, nós peneiramos. Quando menor a partícula, maior a área superficial e maior vai ser a eficiência do projeto”, afirmou o pesquisador Tiago Lourenço.

Conforme o cronograma, após essa fase, o estudo segue para a preparação do álcool gel de nanocelulose. A pesquisa, que está em andamento, é amparado pelo programa Mulheres na Ciência, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

FONTE: Por G1 AM

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