O Museu de História Natural de Londres divulga na terça (9) os vencedores do prêmio Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano. Aberta para fotógrafos profissionais e amadores, a competição premia retratos singelos de momentos únicos na natureza.
As fotos também fazem parte de uma exposição organizada no museu. “Usando o poder emotivo único da fotografia para envolver e inspirar o público, a exposição lança luz sobre histórias e espécies ao redor do mundo e apoia o Museu em sua missão de criar defensores do planeta”, diz a entidade.
Confira abaixo alguns dos vencedores deste ano:
Dançando na Neve – por Qiang Guo, China
Na Reserva Natural Lishan, na província de Shanxi, na China, Qiang observou dois faisões dourados machos trocando continuamente de lugar neste tronco – movimentos semelhantes a uma dança silenciosa na neve.
As aves são nativas da China, onde habitam florestas densas em regiões montanhosas. Embora tenham cores vivas, são tímidas e difíceis de detectar, passando a maior parte do tempo procurando comida no chão escuro da floresta, voando apenas para fugir de predadores ou para se empoleirar em árvores muito altas durante a noite.
A Água e o Urso – por Jeroen Hoekendij, Países Baixos
Os filhotes de urso preto costumam subir em árvores, onde esperam com segurança que a mãe volte com comida.
Aqui, nas profundezas da floresta temperada de Anan, no Alasca, este pequeno filhote decidiu tirar uma soneca à tarde em um galho coberto de musgo sob o olhar atento de uma águia careca juvenil.
A águia estava sentada neste pinheiro há horas e o fotógrafo Jeroen achou a situação extraordinária.
Ele rapidamente partiu para capturar a cena e, com alguma dificuldade e muita sorte, conseguiu se posicionar um pouco mais alto na colina e tirar essa imagem enquanto o urso dormia.
Esperança em uma fazenda queimada – por Jo-Anne McArthur, Canadá
Jo-Anne foi para a Austrália no início de 2020 para documentar as histórias de animais afetados pelos devastadores incêndios florestais que estavam varrendo os estados de Nova Gales do Sul e Victoria.
Trabalhando exaustivamente ao lado da Animals Australia (uma organização de proteção animal), ela teve acesso a locais de queimada, resgates e missões veterinárias. Este canguru cinza oriental e seu bebê retratado perto de Mallacoota, Victoria, estavam entre os sortudos.
O canguru observou Jo-Anne atentamente enquanto ela caminhava calmamente até o local onde poderia tirar uma ótima foto.
Ela teve tempo suficiente para se agachar e pressionar o botão do obturador antes que o canguru saltasse para a plantação de eucalipto queimado.
Lago de Gelo – por Cristiano Vendramin, Itália
O Lago Santa Croce é um lago natural localizado na província de Belluno, Itália. No inverno de 2019, Cristiano notou que a água estava excepcionalmente alta e os salgueiros estavam parcialmente submersos, criando um jogo de luzes e reflexos.
Esperando por condições mais frias, ele capturou a cena em uma quietude gelada.
Depois de tirar a imagem, ele se lembrou de um amigo querido, que amava este lugar e agora não está mais aqui. “Quero pensar que ele me fez sentir essa sensação que nunca vou esquecer. Por isso, esta fotografia é dedicada a ele”, diz Cristiano.
Abrigo da chuva – por Ashleigh McCord, EUA
Durante uma visita ao Maasai Mara, no Quênia, Ashleigh capturou este momento de ternura entre um par de leões machos. No início, ela estava tirando fotos de apenas um dos leões, e a chuva era apenas uma leve chuva.
Inicialmente, o segundo se aproximou brevemente, cumprimentado seu companheiro antes de optar por ir embora.
Mas quando a chuva se transformou em um aguaceiro pesado, o segundo macho voltou e sentou-se, posicionando seu corpo como se para abrigar o outro. Pouco depois, eles esfregaram os rostos e continuaram sentados acariciando por algum tempo.
Ashleigh ficou observando até a chuva cair com tanta força que eles mal eram visíveis.
FONTE: Por BBC NEWS