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AM registra cinco novos casos suspeitos de ‘doença da urina preta’ nos últimos 14 dias

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O consumo de peixes está associado a 75 casos de rabdomiólise registrados no AM. — Foto: Girlene Medeiros/G1 AM

Segundo a FVS, desde o início do surto, em agosto, já foram notificados 132 casos e duas mortes causadas pela rabdomiólise. A síndrome está associada ao consumo de peixes.

O Amazonas registrou, nos últimos 14 dias, cinco novos casos de rabdomiólise associados à “doença da urina preta”, todos no município de Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus.

O cenário da rabdomiólise no Amazonas foi atualizado nessa quarta-feira (23), pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). Esse é considerado o pior surto da síndrome já registrado no estado. No primeiro surto, em 2008, foram 27 casos e no segundo, em 2015, 74 casos.

De 21 de agosto até essa terça-feira (21), foram notificados 132 casos de rabdomiólise no Amazonas, sendo 75 associados à “doença da urina preta”. Duas pessoas morreram com a doença, desde agosto.

Os casos considerados compatíveis com a “doença da urina preta” foram notificados em 10 municípios: Itacoatiara (44), Parintins (12), Manaus (6), Urucurituba (4), Silves (3), Maués (2), Manacapuru (1), Itapiranga (1), Autazes (1) e Caapiranga (1). Destes, dois casos evoluíram para óbito e ocorreram em Itacoatiara.

No atual surto da doença, a primeira morte ocorreu no dia 28 de agosto: a auxiliar de serviços gerais, Maria de Nazaré Monteiro, de 51 anos. Não há mais informações sobre a segunda morte pela doença.

Relação com o consumo de peixes

De acordo com a diretora-presidente da FVS-AM, Tatyana Amorim, os sintomas da rabdomiólise provocada pela ingestão de peixes surgem, normalmente, dentro das primeiras 24 horas após o consumo.

“Nas primeiras horas, costuma surgir um quadro de mialgia [dores musculares generalizadas], 100% dos pacientes apresentaram mialgia, com outros sintomas associados”, explicou.

Josielen Amorim, pesquisadora da FVS-AM, afirma que que uma das dificuldades encontradas para a investigação em torno dos casos notificados é o rastreamento da origem dos peixes.

“Muitas vezes eles são comprados em mercados e trazidos por pescadores sem identificação da origem. Quando o peixe é consumido por ribeirinhos, que pescaram, fica mais fácil de identificar as áreas onde esses peixes são pescados”, pontuou.

FONTE: Por G1 AM

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