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Associação de magistrados cria campanha para acolher juízas afegãs

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A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) anunciou nesta quarta-feira (20) o início de uma campanha de acolhida de juízas afegãs no Brasil, denominada Nós por Elas. O primeiro grupo a chegar ao país é formado por sete juízas, acompanhadas de familiares.

Mulheres tiveram que fugiram do país após ascensão do Talibã ao poder

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) anunciou na quarta-feira (20) o início de uma campanha de acolhida de juízas afegãs no Brasil, denominada Nós por Elas. O primeiro grupo a chegar ao país é formado por sete juízas, acompanhadas de familiares.

A ação ocorreu para dar assistência às magistradas do Afeganistão. A decisão pela iniciativa ocorreu após a tomada da capital, Kabul, pelo grupo Talibã, cujo regime político envolve uma série de restrições ao trabalho e educação de mulheres. Isso fez com que diversas afegãs passassem a buscar refúgio em outros países.

As juízas que desembarcaram no Brasil terão abrigo provisório, onde poderão residir com suas famílias e buscar se estabelecer no país. “Temos compromisso social e solidário de fazer com que essas famílias retomem suas vidas”, disse a presidente da AMB, Renata Gil, em cerimônia de lançamento da campanha.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) anunciou nesta quarta-feira (20) o início de uma campanha de acolhida de juízas afegãs no Brasil, denominada Nós por Elas. O primeiro grupo a chegar ao país é formado por sete juízas, acompanhadas
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) anunciou nesta quarta-feira (20) o início de uma campanha de acolhida de juízas afegãs no Brasil, denominada Nós por Elas.  Wilson Dias/Agência Brasil

A campanha da AMB poderá acolher novas juízas. Mas isso depende do sucesso nas tentativas de resgate que estão sendo articuladas por organizações internacionais envolvidas nessa operação. No total, havia antes da tomada de Kabul 270 juízas em atuação no país.

Na cerimônia de lançamento da campanha, a presidente da AMB, Renata Gil, relatou que o projeto foi desenvolvido logo após a tomada de Kabul pelos talibãs. A entidade buscou o governo federal e o Congresso Nacional para avaliar as possibilidades de trazer juízas daquele país.

Foi necessário a aprovação de uma norma do governo federal que disciplinasse o acolhimento na condição de refúgio humanitário para pessoas do Afeganistão. No dia 3 de setembro, o governo federal aprovou uma portaria interministerial regulando esses procedimentos.

Começou então o desafio de viabilizar os vistos e a retirada das magistradas afegãs do país. “Conseguimos com os documentos digitais. As pessoas corriam risco de vida. Conseguimos a emissão dos vistos e houve a etapa de trazer para cá. As organizações internacionais se encarregaram disso. Tudo foi feito em sigilo, não soubemos onde ou como foi feito”, relatou Renata Gil.

O Banco do Brasil disponibilizou uma chave Pix para receber doações que serão destinadas a esses cidadãos afegãos na condição de refúgio no Brasil, que podem ser feitas usando o e-mail pix.nosporelas@fbb.org.br como chave de identificação.

Comandante do Campus Brasília da ESD, (Escola Superior de Defesa), Vice-Almirante Paulo Renato Rohwer Santos, durante a apresentação das magistradas afegãs acolhidas pelo Brasil.
Comandante do Campus Brasília da ESD, (Escola Superior de Defesa), Vice-Almirante Paulo Renato Rohwer Santos, durante a apresentação das magistradas afegãs acolhidas pelo Brasil. – Wilson Dias/Agência Brasil

FONTE: Por AGÊNCIA BRASIL

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