Curso visa melhorar atuação de profissionais na assistência ao pré-natal, ao parto e no trabalho com urgências e emergências.
Profissionais de saúde da região Norte são público-alvo de um curso lançado neste mês sobre Urgências e Emergências Obstétricas. As inscrições vão até 15 de outubro e já podem ser realizadas nas plataformas da Fiocruz.
A iniciativa, coordenada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), será desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (unidades do Amazonas e Pernambuco) e o Statera Cursos e Consultoria.
Para o pesquisador do Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (Lahpsa/ Fiocruz Amazônia), Julio Schweickardt, o curso visa dar uma resposta educativa e pedagógica para as situações de mortalidade materna e neonatal na região Norte.
No Brasil, o índice de morte desses dois grupos é considerado elevado, muito em função do pré-natal precário ou inadequado e da falta de condições seguras para o parto. Com a pandemia, a situação de mulheres grávidas (e de seus bebês) tornou-se ainda mais delicada.
“O curso surgiu num contexto histórico de mortalidade materna, que foi agravado ainda mais por conta da Covid-19. Já tínhamos um cenário de início de pré-natal tardio e peregrinação da parturiente. Com a pandemia, a atenção básica sofreu muito mais e o pré-natal foi interrompido”, explicou a socióloga e pesquisadora do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), Camila Pimentel.
Ela diz que o curso vai trabalhar temas que vão desde a importância de um bom acompanhamento de pré-natal, passando pelas variações mais comuns durante a gravidez e o manejo delas, o lido com as questões psicológicas e afetivas do parto e as urgências e emergências obstétricas.
Todo o conteúdo foi idealizado e produzido segundo os pilares da humanização do parto, valorizando o protagonismo feminino e a atenção profissional.
O Curso é autoinstrucional e será oferecido de forma gratuita via Campus Virtual Fiocruz, na modalidade à distância. O corpo docente é composto por profissionais que atuam na área da atenção à mulher e também no ensino em saúde, todas com experiência prática e teórica.
Ao todo, serão disponibilizadas 500 vagas, e as aulas seguem até março de 2022.
FONTE: Por G11 AM