Primeiro surto foi registrado em 2008 e segundo, em 2015. Desta vez, a primeira morte pela doença foi registrada no estado.
O Amazonas possui 78 casos suspeitos de rabdomiólise, síndrome associada à “doença da urina preta”, e já registra o pior surto da história. No primeiro surto, em 2008, foram 27 casos e no segundo, em 2015, 74 casos.
O cenário da rabdomiólise no Amazonas foi atualizado na terça-feira (21), pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). Os casos começaram a aparecer em 21 de agosto.
Do total de casos registrados neste ano, 63 (81%) estão em investigação epidemiológica e 15 (19%) foram descartados. No atual surto da doença, a primeira morte foi registrada: a auxiliar de serviços gerais, Maria de Nazaré Monteiro, de 51 anos.
No boletim atualizado, 9 casos entraram em investigação epidemiológica, sendo 5 de Itacoatiara, 3 de Manaus e 1 de Itapiranga.
Os pacientes de Manaus são dois homens (de 18 e 39 anos) e uma mulher (de 30 anos). Já os casos de Itacoatiara são três homens (28, 32 e 43 anos), e duas mulheres (46 e 33 anos). O paciente de Itapiranga é um homem (de 27 anos).
O registro dos casos informados aponta que os novos pacientes apresentaram CPK (creatinina-fosfoquinase) elevados, mialgia, náuseas, nucalgia, fraqueza muscular, dor abdominal e urina escura, após ingestão de peixes.
Dos 78 casos suspeitos da síndrome, dez pessoas seguem internadas, sendo nove de Itacoatiara e um de Itapiranga. Todos os pacientes estão estáveis.
Cenário no estado
Dos casos compatíveis com o perfil de rabdomiólise, 15 estão distribuídos em cinco núcleos familiares. Os demais casos são isolados.
Dentre os 63 casos compatíveis, 60% dos casos ocorreram no município de Itacoatiara, 10% em Parintins, 10% em Manaus e 6% em Urucurituba.
Ainda do total de casos compatíveis, 41 (73%) casos ocorreram em agosto. O boletim destaca que Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus) foi o município que mais registrou casos.
Em Itacoatiara, houve redução de 69% dos casos, comparando-se a última semana (14/09 a 20/09) com a semana anterior à restrição (25/08 a 30/08). A redução foi observada após intervenção de restrição do consumo de pescado.
FONTE: Por G1 AM