Casos começaram a ser registrados no dia 21 de agosto. Até agora já são 52. Essa é a terceira vez que o Amazonas enfrenta um surto da doença e, desta vez, uma morte já foi confirmada.
O secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Samad, disse nesta quinta-feira (2) que uma equipe do órgão e da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) foi enviada para a cidade de Itacoatiara para investigar o surto de rabdomiólise. A equipe deve colher dados e materiais para chegar uma conclusão sobre a expansão da doença no estado.
Os casos começaram a ser registrados no dia 21 de agosto. No total, o número de casos chega a 52. Essa é a terceira vez que o Amazonas enfrenta um surto da doença e, desta vez, uma morte já foi confirmada.
“O trabalho agora é de colher dados, colher materiais para chegar a uma conclusão”, disse Samad.
Ainda conforme Samad, a visita ao município busca evitar um aumento ainda maior dos casos. É sabido, segundo ele, que os infectados ingeriram peixes. No entanto, só será possível descobrir o que causou o surto a partir de análises clínicas dos materiais colhidos em campo.
“Não podemos deixar o numero de caso continuar aumentando. Tem uma toxina envolvida. Em um momento se pensou na conservação desse pescado, se pensou nessas quedas dos níveis dos rios, acúmulo de algas, os peixes se alimentando de certas frutas que poderiam gerar essas toxinas. É preciso se fazer um estudo sobre isso”.
A equipe que chegou ao município conta com pesquisadores, infectologistas e agentes dos dois órgãos que vão investigar o surto no município. Segundo o secretário, a doença é grave e pode causar insuficiência renal, dificuldade respiratória e fraqueza muscular.
Restrições no consumo de peixes
Na noite de quarta-feira (1º), a Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas (FVS-RCP) publicou um comunicado com orientações quanto às restrições do consumo de pescado extrativo (oriundo de lagos e rios) no município de Itacoatiara (AM) pelos próximos 15 dias.
A orientação é para que a população de Itacoatiara não faça o consumo dos peixes Pirapitinga, Pacu e Tambaqui, de origem de pesca em rios e lagos, sendo essas as espécies que podem estar associadas ao aumento de casos.
A recomendação para os demais municípios é de alertar a rede de saúde para a identificação de possíveis novos casos e orientar a população quanto aos sinais e sintomas da doença.
FONTE: Por G1 AM