Expectativa é que produção de motos ultrapasse 1,22 milhão de unidades em 2021.
Fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) devem produzir 1.220.000 de motocicletas, segundo projeções da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). O número corresponde a um crescimento de 26,8% na comparação com o ano passado, quando 961.986 unidades saíram das linhas de montagens.
A perspectiva inicial, apresentada no início do ano, era de 1.060.000 motocicletas.
O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que uma série de fatores levaram a associação a rever os números. Segundo ele, após um primeiro bimestre conturbado por causa da segunda onda de Covid em Manaus, as fábricas tiveram uma curva de aceleração das produções e cumprem o seu planejamento. Há também um aquecimento no mercado das motos.
Fermanian destaca que com a nova previsão, o setor deve ficar próximo ao patamar de 2015, quando foram fabricadas 1.262.708 motocicletas.
“Ainda estamos bem distantes do recorde de 2011, que teve mais de dois milhões de unidades produzidas, mas o importante é que a indústria está consolidando sua recuperação e os sinais indicam o início de um novo ciclo de expansão”, diz Fermanian.
Sobre os volumes de vendas, a nova estimativa é de que sejam comercializadas 1.140.000 motocicletas, alta de 24,6% em relação às 915.157 unidades emplacadas em 2020. Já para as exportações, a perspectiva é de que sejam embarcadas 51.000 motocicletas, volume 51,1% superior ao registrado no ano passado (33.750).
Produção em julho
Em julho, foram produzidas 95.025 motocicletas, volume 9,9% inferior ao registrado em junho (105.450 unidades) e 3% menor na comparação com o mesmo mês do ano passado (97.920 motocicletas). Fermanian explica que esse recuo na produção já era esperado, devido às férias coletivas das fábricas no período.
No acumulado do ano, a indústria fabricou 663.888 unidades, alta de 35,4% em relação a 2020 (490.137). De acordo com levantamento da Abraciclo, esse é o melhor resultado para os primeiros sete meses do ano desde 2015.
Vendas no varejo
Os emplacamentos somaram 112.538 unidades em julho, o que corresponde a um aumento de 5,5% em relação ao mês anterior (106.680 motocicletas). Na comparação com julho do ano passado, houve alta de 32,2% (85.148).
Segundo dados da Abraciclo, esse foi o melhor resultado para o mês, desde 2014 (121.012 unidades).
“O uso da motocicleta cresceu muito durante a pandemia. Ainda existe desequilíbrio entre a oferta e a demanda, mas, aos poucos, estamos conseguindo atender aos consumidores”, explica o presidente da Abraciclo.
A Street foi a categoria mais emplacada no último mês, com 55.567 unidades e 49,4% de participação no mercado. Na sequência do ranking, ficaram a Trail (21.547 unidades e 19,1% do mercado) e a Motoneta (17.295 unidades e 15,4%).
Com 22 dias úteis, a média diária de vendas em julho foi de 5.115 unidades. Na comparação com o mês anterior, que teve 21 dias úteis, houve aumento de 0,7% (5.080 unidades/dia). Já em relação a julho do ano passado, com 23 dias úteis, a alta foi de 38,2% (3.702 unidades/dia).
No acumulado do ano, foram licenciadas 629.692 motocicletas, volume 44,7% superior às 435.289 unidades emplacadas no mesmo período.
Exportações
Em julho, foram exportadas 6.026 motocicletas, alta de 36,7% na comparação com o mês anterior (4.409 unidades) e de 36% em relação a julho de 2020 (4.432 unidades).
Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Colômbia foi o principal destino, com 1.582 unidades e 33,6% volume exportado. A Argentina ficou em segundo lugar (1.100 motocicletas e 23,3% do total exportado), seguida pelos Estados Unidos (732 motocicletas e 15,5%).
De janeiro a julho, foram exportadas 32.286 motocicletas, aumento de 115,4% na comparação com o mesmo período do ano passado (14.990 unidades). A Argentina lidera o ranking dos destinos, com 9.445 unidades e 29,7% do volume total exportado. Na sequência, ficaram a Colômbia (7.039 unidades e 22,1% das exportações) e Estados Unidos (6.570 unidades e 20,7%).
FONTE: G1 AM