A cada quatro anos, países se reúnem em uma cidade-sede para a realização do maior evento esportivo de todo o mundo, as Olimpíadas – nem mesmo a Copa do Mundo de Futebol, organizada pela FIFA, é tão grande quanto. A competição, que têm como objetivo a promoção da amizade entre os povos e, claro, a troca de culturas, é uma explosão de sentimento e encanta a todos, atletas e público.
O trabalho, o empenho e as dificuldades enfrentadas por muitos para chegar até a competição se transformam em suor e lágrimas durante os jogos. Por isso, não é difícil encontrar momentos de superação, alegrias e tristeza. Selecionamos, abaixo, os 5 atletas que mais emocionaram o mundo na história das Olimpíadas. Confira:
- Derek Redmond
Nos jogos de Barcelona, em 1992, o britânico estava na semifinal dos 400 metros rasos quando sentiu uma lesão na coxa direita. Apesar de suas chances de se classificar para a final terem acabado, ele decidiu continuar e cruzar a linha de chegada pulando em uma perna só. O atleta foi aplaudido de pé pelo estádio e, ao final, um homem invadiu a pista para abraça-lo e ajuda-lo a terminar a prova. Era Jim Redmond, pai de Derek. - Wilma Rudolph
Vítima de poliomielite na infância, a atleta Wilma Rudolph não só venceu a doença, como também conquistou três medalhas de ouro nos jogos olímpicos de Roma, em 1960. A norte-americana venceu as provas de 100 e 200 metros e o revezamento de 4×100 metros. Antes disso, porém, ela ganhou uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1956, em Melbourne, quatro anos após se curar e começar a andar. - Guilherme Paraense
Ele foi o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha de ouro olímpica, em 1920. O Paraense competia na modalidade de tiro e se apresentou na prova com um revólver da delegação americana, já que ele havia perdido o seu, que encheu de areia durante um vendaval. Uma história de superação e que mostra o verdadeiro objetivo dos jogos. - Jesse Owens
Na Berlim de 1936, tomada por Adolf Hitler e pelo nazismo, o velocista negro Jesse Owens ganhou quatro ouros – nos 100 e 200 metros, no revezamento 4×100 e no salto em distância. O chanceler alemão não entregou uma medalha a Owens, já que que esperava que a raça ariana – considerada por ele pura – provasse que eram os melhores atletas do mundo. Mas, a fúria do líder nazista não foi o único problema do velocista, já que quando voltou aos EUA, continuou sendo tratado de maneira diferente – na época, os negros não podiam sentar nos bancos da frente do ônibus e nem entrar em alguns lugares, por exemplo. - Tommy Smith e John Carlos
O pódio nos Jogos Olímpicos do México em 1968 foi alvo de protesto. Os atletas norte-americanos Tommy Smith e John Carlos ganharam, respectivamente, ouro e bronze na corrida de 200m e ao subirem no pódio para receber as medalhas, ambos colocaram luvas negras e ergueram as mãos fechadas para protestar contra falta de direitos dos negros nos Estados Unidos. Além disso, eles permaneceram descalços, a fim de alertar sobre a pobreza dos negros. O australiano Peter Norman, que ficou em segundo lugar, também colou um adesivo a favor dos direitos humanos no seu agasalho. Após o ato, um dos membros do Comitê Olímpico Norte-americano (USOC) tirou as medalhas dos atletas.
Por Canal do Ensino