‘Se eu fosse um rato’ tem estreia virtual marcada para domingo (18), com transmissão gratuita.
O espetáculo ‘Se eu fosse um rato’, produzido e atuado pelo amazonense Ítalo Rui, tem a estreia virtual marcada para domingo (18), às 18h. O solo terá exibição gratuita e é inspirado em uma situação ocorrida na cidade de Bensheim, na Alemanha, em que a vida de ‘Alaor’ muda completamente após o resgate de um rato.
Conforme o artista, o espetáculo retoma parceria com o dramaturgo cearense Marcos Miramar. O projeto também realizou dois laboratórios de criação com artistas locais. A última etapa é a estreia do solo.
O link de acesso ao espetáculo estará disponível no perfil oficial do projeto no Instagram: @pontesmoveisprojeto. Após a exibição gratuita, haverá um bate-papo entre os artistas e o público.
“O ponto de partida para a dramaturgia foi o resgate de uma rata que ficou presa em uma tampa de esgoto em uma cidade na Alemanha. Quando eu vi a matéria em 2019, fiquei impressionado com aquela história. Imagina só sete homens do Corpo de Bombeiros de uma cidade salvarem um rato porque a população pediu? Isso seria inimaginável no Brasil. Pensando nisso, convidei o Marcos para escrever um texto tendo esse resgate como ponto de partida”, disse Ítalo Rui.
A montagem de ‘Se eu fosse um rato’ começou em novembro de 2020, e enfrentou obstáculos devido à pandemia e a falta de imagens para a dramaturgia.
O diretor do espetáculo, Gleidstone Melo, reforça que a obra não se limitou a retratar o fato, mas que o mesmo foi usado como ponto de partida. “Nós pegamos algumas referências do rato para a construção do personagem”, disse.
Se eu fosse um rato traz à cena várias camadas de discussão. “O que nós pensamos é que o rato vive em estado de ansiedade o tempo todo. Ele precisa estar atento a tudo, aos perigos que o circundam, à sua sobrevivência, à garantia da sua linhagem, enfim. É como se ele não tivesse paz e não conseguisse relaxar em momento nenhum. Esse estado ansioso, essa ansiedade ratesca, de certa forma, está presente em nossas vidas também, e com essa pandemia, fomos colocados à prova inúmeras vezes. Então, achamos interessante trabalhar com essa metáfora na cena”, relata Ítalo.
A montagem do espetáculo é uma realização do Projeto Pontes Móveis, contemplado no edital Conexões Culturais 2019, da Prefeitura de Manaus. Contam ainda na equipe de criação os artistas Frank Kitzinger, responsável pelo cenário e figurino, Isabela Catão, como preparadora de elenco, Daniel Braz, que assina a criação da iluminação, Elson Arcos, compondo a trilha sonora, além de Berteson Amorim, preparador vocal. A captação de imagens são das artistas Mikaela Raíncham, Larissa Martins e Julia Kahane, que também assina a edição e montagem da filmagem. Lu Maya esteve na assistência de produção e as fotografias são de Tadeu Rocha.
FONTE: G1 AM