Empresário também é pai das médicas gêmeas que foram investigadas por furar a fila da vacinação em Manaus
O empresário Nilton da Costa Lins Junior faz parte de uma das famílias mais influentes do Amazonas, possuidora de uma das mais tradicionais universidades particulares de Manaus e de um complexo hospitalar. O empresário também é pai das médicas gêmeas que foram investigadas por furar a fila da vacinação em Manaus. (Veja detalhes abaixo)
Na quarta-feira (2), o empresário atirou em agentes da Polícia Federal, que cumpriam mandados de prisão durante a quarta fase da Operação Sangria. A defesa disse que ele teria confundido a ação com um assalto.
Ele, outros empresários e o alto escalão do governo do Amazonas são suspeitos de irregularidades no aluguel do Complexo Hospitalar Nilton Lins para ser usado como hospital de campanha para pacientes com Covid-19 em Manaus.
Universidade Nilton Lins
A Universidade Nilton Lins foi fundada pelo educador e advogado Nilton Costa Lins em 1988. Com a morte do advogado, em 2001, a instituição hoje é administrada pelo filho, Nilton Costa Lins Junior. A instituição tem sede em Manaus, onde possui dois campi.
Irmãs Lins investigadas por ‘furar-fila’ de vacinação
No início da vacinação contra a Covid-19 no Amazonas, as médicas gêmeas Isabelle e Gabrielle Kirk Maddy Lins, receberam a primeira dose da vacina no dia 19 de janeiro. Uma delas foi contratada no mesmo dia e, a outra, foi efetivada no cargo um dia antes da aplicação da vacina.
Elas estiveram entre dez médicos citados em uma investigação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) sobre “fura-filas” na vacinação contra a Covid-19 em Manaus. As duas foram exoneradas do cargo pela Prefeitura de Manaus no dia 12 de fevereiro.
Complexo hospitalar Nilton Lins
O Complexo Hospitalar Nilton Lins é uma das empresas administradas por Nilton Costa Lins Júnior. O empreendimento foi alugado em 2020 para servir de hospital de campanha pelo Governo do Amazonas. O contrato foi feito novamente em janeiro deste ano.
São os contratos envolvendo o negócio da família que são alvos da investigação da Polícia Federal. A ação investiga se funcionários da Secretaria de Estado de Saúde fizeram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais para o aluguel do hospital de campanha, sob orientação da cúpula do governo do Estado.
FONTE: G1 AM