Exemplo disso é o desentendimento, agora público, do ministro Ernesto Araújo e da senadora Kátia Abreu (PP-TO)
O dólar começou a semana em alta contra o real e a maioria das divisas emergentes. Às 10h10 desta segunda-feira (29), a moeda americana avançava 0,57%, a R$ 5,7927.
Já na B3, o Ibovespa começou o dia rondando a estabilidade, mas com leve tendência de alta. Às 10h16, o índice avançava 0,18%, aos 114.983 pontos.
Investidores locais se mostram preocupados com o acúmulo de crises no país. Além da sanitária, por conta do novo coronavírus, os bastidores da política voltaram a esquentar.
Exemplo disso é o desentendimento, agora público, do ministro Ernesto Araújo e da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que deve culminar no pedido de impeachment do chanceler.
O Congresso já pressionava pela saída do titular da pasta do MRE, mas a coisa piorou neste domingo quando Araújo expôs uma conversa que teve com Abreu sobre o papel da China no 5G brasileiro.
Já no Boletim Focus, o mercado financeiro elevou, mais uma vez, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, que mede a inflação oficial do país. A estimativa subiu para 4,81%, ante 4,71%. Essa foi a décima segunda semana consecutiva de alta na previsão para o índice, que há um mês ainda estava em 3,87%.
Os economistas também continuaram com o leve recuo na previsão para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Enquanto na semana passada o crescimento esperado era de 3,22%, a expectativa já passou para 3,18%. Há um mês, era esperada alta de 3,29%.
Existe ainda a expectativa que o governo envie um projeto de lei ao Congresso para “corrigir” Orçamento aprovado na semana passada.
Lá fora
Os principais índices de Wall Street abriram em baixa nesta segunda-feira depois de salto na sessão anterior, uma vez que bancos globais disseram que enfrentam perdas potenciais depois que um hedge fund deixou de cumprir chamadas de margens.
O Dow Jones Industrial Average ganhava 0,04% na abertura, enquanto o S&P 500 caía 0,13% e o Nasdaq Composite tinha queda de 0,26%.
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira (29), seguindo o tom positivo do último pregão dos mercados acionários de Nova York, em meio a expectativas de recuperação da economia dos EUA com o avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 e a implementação de medidas de estímulos.
Em Tóquio, o índice japonês Nikkei subiu 0,71%, a 29.384,52 pontos, impulsionado por ações de eletrônicos, e-commerce e montadoras. No setor financeiro, porém, a Nomura Holdings sofreu um tombo de 16,33% hoje, o maior desde pelo menos junho de 1974, após revelar que poderá registrar fortes perdas relacionadas a transações com um cliente dos EUA não identificado.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve alta marginal de 0,01% em Hong Kong, a 28.338,30 pontos, e o Taiex avançou 1,04% em Taiwan, a 16.475,97 pontos, mas o sul-coreano Kospi contrariou o viés positivo e recuou 0,16% em Seul, a 3.036,04 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto se valorizou 0,50%, a 3.435,30 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou ganho de 0,18%, a 2.218,79 pontos.
Na sexta-feira (26), as bolsas de Nova York subiram mais de 1%, sustentadas pela avaliação de que a economia dos EUA seguirá se recuperando da pandemia de Covid-19, à medida que a vacinação contra a doença na maior economia do mundo se mantém em ritmo acelerado e o governo adota medidas de incentivo oriundas do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão aprovado semanas atrás.
Na Oceania, a bolsa da Austrália ficou no vermelho, pressionada por ações de turismo e consumo, uma vez que Brisbane, terceira maior cidade do país, se prepara para iniciar um lockdown de três dias relacionado à covid-19. O S&P/ASX 200 caiu 0,36% em Sydney, a 6.799,50 pontos.
FONTE: Matheus Prado, do CNN Brasil Business, em São Paulo.